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Transgênicos: caminho sem retorno

(Jornal do Comércio, do Recife, 5/8)

A situação da agroindústria amanha será o reflexo da pesquisa cientifica de hoje. Esse é o conceito que baliza o Simpósio Internacional "Ciência e estado da arte de organismos transgênicos", que se realizou na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre.

O evento teve a participação de diversos cientistas europeus e latino-americanos e um de seus objetivos foi reunir informações que sirvam de subsídio para formação de uma política biotecnológica para o setor.

Uma das propostas do encontro foi mostrar a necessidade que existe de levar o tema à população, numa linguagem compreensiva, informações que esclareçam se os alimentos transgênicos apresentam ou não riscos à saúde humana ou ao meio ambiente.

"Não podemos partir do pressuposto de que os pesquisadores que trabalham com engenharia genética são irresponsáveis a ponto de não se preocuparem com as questões de risco que envolvem o tema", disse Luiz Carlos Feder

Para o presidente da Fiergs, o bioquímico Renan Proença, "a discussão sobre os organismos geneticamente modificados (OGM's), não pode se restringir ao campo ideológico ou do puro palpite".izzi (Faculdade de Agronomia/UFRGS).

Ele acha que a questão deve ser tratada de forma desapaixonada e com a visão voltada para o futuro.

Em sua palestra, Marc Van Montagu (Depto. de Genética e Biotecnologia da Universidade de Gent/Bélgica) disse que "a agricultura de hoje é muito poluidora e a biotecnologia tem como uma das funções resolver esse problema".

A engenharia genética, para ele, "é uma conquista para incrementar o progresso humano, e não um monstro que deve ser combatido como um inimigo".

Oscar Grau (Instituto de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade de La Plata/Argentina) afirmou que o uso da engenharia genética para a produção de OGM's está amplamente difundido em seu pais e é uma tecnologia aplicada em muitos laboratórios.

egundo ele, desde 1991 até hoje, foram autorizadas experimentações e/ou liberações de quase 300 OGM's, dos quais o milho representa 50%.

Grau disse que a Argentina "já compreendeu que as sementes transgênicas são um aliado dos homens para a solução do problema da falta de alimento para, principalmente, as populações mais carentes".

Na sua opinião, quem não investir na pesquisa hoje, alem de ficar a reboque de outros países terá que gastar muito mais recursos para pagar aqueles que deterão os processos científicos de produção de tecnologia.

"Jornal do Comércio", do Recife, informa de Porto Alegre:


* Reflexão - Muitos homens por dinheiro e status são capazes de qualquer coisa. Se tudo fosse maravilhoso, por que na Europa a ,,temática tem sido tão problemática.

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