A presidente do Movimento Ecológico do Luxemburgo (MEL), Blanche Weber, afirma estar “extremamente chocada” com a aprovação e renovação da licença do glifosato. Os dezoito países que apoiaram esta decisão, entre eles a Alemanha, representam 65,7% da população europeia.
Os 18 países que aprovaram a extensão da licença conseguem esta segunda-feira reunir os requisitos para uma maioria qualificada, a qual requer o apoio de pelo menos 55% dos países da União Europeia (UE), representando 65% da população. Portugal foi o único país que se absteve, enquanto o Luxemburgo votou contra a renovação da licença.
Para Blanche Weber, esta renovação da licença do glifosato, um herbicida classificado pela Organização Mundial de Saúde como “provável causador de cancro”, é “chocante”.
À RADIO LATINA, a responsável acusou a multinacional Monsanto, fabricante do glifosato, de ter recorrido a “estudos falsificados para convencer os países europeus a renovarem a licença”.
A líder do Movimento Ecológico lamenta que a renovação da licença do glifosato, por mais cinco anos, “não seja uma medida transitória que permita aos agricultores procurarem alternativas ao herbicida”.
Blanche Weber considera que o ministro da Agricultura, Fernand Etgen, fez um “bom trabalho a nível europeu” e pede, agora, que o governante passe das intenções à prática, ou seja, que o Governo proíba o uso do herbicida no Luxemburgo.
Fonte:Luxemburger Wort em 28-11-2017
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