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Relatório francês condena milho transgênico aprovado

Um relatório oficial francês alertou sobre os possíveis riscos para animais de um milho geneticamente modificado que foi aprovado pelo comitê científico europeu na segunda-feira, informa nesta quinta-feira a imprensa francesa.

Em outubro de 2003, a Comissão de Engenharia Biomolecular (CGB, na sigla em francês) detectou deformações em ratos que tinham consumido o milho transgênico "MON 863", da empresa Monsanto, razão pela qual isso não garantiu a ausência total de riscos deste produto para a saúde animal.

Este mesmo tipo de milho geneticamente modificado recebeu segunda-feira o sinal verde para sua comercialização do comitê científico europeu, condição indispensável para ser lançado no mercado.

Segundo publica hoje o jornal "Le Monde", a aprovação do milho aconteceu depois que outro comitê científico francês, a Agência Francesa de Segurança Sanitária dos Alimentos (AFSSA), concluiu que o "MON 863" "não apresenta risco nutricional.

Os distintos relatórios respondem, segundo os especialistas, a "sensibilidades diferentes sobre o mesmo caso", mas põem em evidência as divergências que há no estudo sobre os OGM.

Os cientistas da CGB detectaram diversos efeitos biológicos nos ratos que consumiram o milho, como um aumento significativo dos glóbulos brancos nos machos, uma queda dos glóbulos vermelhos jovens e anomalias renais, por isso asseguraram "não estar dispostos a concluir a ausência de risco para a saúde animal".

"O que me surpreendeu no caso foi o número de anomalias. Há muitos elementos nos quais se observam variações significativas. Nunca vi isto em outro caso", afirmou Gérard Pascal, um dos cientistas da CGB que estudou o "MON 863" e que é citado pelo "Le Monde".

O comitê científico europeu concluiu que as anomalias detectadas pela CGB nos ratos "estão dentro da variação normal de populações controladas" e são "de uma importância mínima".

fonte: Agência EFE em 22-04-2004

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