O Greenpeace seção Espanha contestou os dados divulgados pelo Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (Isaaa) que indicam aumento de 33% da superfície plantada com milho transgênico no país. O estudo também afirma que houve crescimento de 15% na área mundial plantada com transgênicos, representando 67,7 milhões de hectares.
"Exigimos que o ministério da Agricultura ofereça aos cidadãos dados verdadeiros sobre os transgênicos na Espanha para comparar com as cifras oferecidas pelo Isaaa, um organismo privado financiado por empresas como Monsanto, Syngenta e Aventis, e que serve de instrumento publicitário para a indústria dos transgênicos", diz Juan Felipe Carrasco, responsável pela campanha de engenharia genética do Greenpeace espanhol, em comunicado oficial.
O ministério da Agricultura espanhol respondeu que não tem intenção de colocar essa informação a disposição das organizações ecologistas, apesar da existência de diretiva européia que determina a obrigação de registros públicos sobre o tema.
O comunicado ainda esclarece que, na Espanha, o milho transgênico representa 7% da plantação convencional do país. E que, se houve aumento da área plantada, se deve fundamentalmente ao Bt 176, o tipo de milho transgênico cujo cultivo o governo espanhol permite desde 1998. O Greenpeace alerta que o produto está causando um grave impacto para a agricultura e meio ambiente e lembra que esta espécie de milho está relacionada com a morte recente de 12 vacas no Estado de Hesse, na Alemanha.
A organização não governamental recorda que os consumidores continuam rechaçando os transgênicos e que os agricultores seguem exigindo direito de escolher que plantio desejam efetuar.
fonte: Jornal Terra de 16/11/03
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