BRASÍLIA - Os 36 membros da Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) vão fazer
uma reunião plenária no fim do mês para avaliar o
risco da utilização de milho transgênico na
alimentação humana. De acordo com a presidente da
CTNBio, Leila Macedo Oda, o encontro ocorrerá nos dias
28, 29 e 30 de junho. Na ocasião, a CTNBio vai analisar
os pareceres encomendados a 11 técnicos sobre os 13
tipos de milho transgênico comercializados em todo o
mundo.
Esses pareceres atendem a um pedido do
Ministério da Agricultura, que quer uma avaliação
sobre segurança alimentar do milho importado da
Argentina e dos Estados Unidos. Com a provável quebra da
segunda safra, o Brasil terá de importar cerca de 1,4
milhão de toneladas de milho este ano, pelos cálculos
preliminares do governo.
Análises - Para elaborar os pareceres, os técnicos -
selecionados em reuniões da CTNBio feitas na
quarta-feira, anteontem e ontem - vão utilizar cerca de
mil páginas de documentos contendo informações e
ensaios analíticos realizados em laboratórios de
países onde esses tipos de milho são comercializados
(Argentina, Estados Unidos, Canadá e União Européia).
Cada técnico terá de emitir um parecer sobre a
segurança alimentar de cada uma das variedades
analisadas, num total de 141 pareceres.
"Se os dados não forem conclusivos, os técnicos
vão solicitar mais informações", ressaltou Oda.
"A premência das importações não influenciará
na análise das informações", acrescentou.
A presidente da CTNBio declarou que, no encerramento
da reunião plenária, será emitido um parecer final
sobre os 13 tipos de milho em relação a sua segurança
alimentar. A comissão deverá recomendar ainda quais os
cuidados que deverão ser tomados na entrada da
mercadoria no País, para que não haja riscos ao meio
ambiente. (Agência Estado)