Organismos Geneticamente Modificados - Transgênicos
04 de dezembro de 2000
Busca por não-transgênico atrai empresas |
Grão modificado restrito ao desembarque |
Congreso Mundial de Consumidores llama a evaluar transgénicos |
Busca por não-transgênico atrai empresas |
Campinas, 4 de dezembro de 2000 - A crescente demanda das
agroindústrias e empresas alimentícias brasileiras por testes que eliminem
suspeitas sobre a presença de transgênicos em seus produtos está atraindo
para o Brasil as duas principais companhias estrangeiras de biotecnologia
especializadas em analisar o DNA em alimentos.
Confiantes no potencial do mercado brasileiro para fornecer grãos e
derivados não-transgênicos para a Europa e a Ásia, Genetic ID, dos Estados
Unidos, e a alemã GeneScan Europe AG, que disputam a liderança mundial no
mercado de testes e certificação de produtos não-transgênicos vão instalar Segundo Augusto Freire, gerente de negócios da ID no Brasil, o laboratório será o terceiro da empresa em todo o mundo, consumindo investimento de US$ 800 mil. Os outros dois laboratórios da ID estão situados no Iowa (EUA) e em Yokohama, além dos outros sete licenciados pela companhia na Europa, Ásia e Oceania. Estrategicamente, o laboratório brasileiro da ID será montado em um dos três estados da região Sul. Este ano, segundo Freire, a ID realizou testes em amostras referentes a cerca de 400 mil toneladas de farelo de soja. Do total, quase metade foi certificada por agroindústrias a pedido de clientes europeus e asiáticos. O restante da produção exportada teria sido certificada pela Coinbra em outro laboratório. Já sua concorrente, a GeneScan, criada em 1999 por meio da fusão de três empresas de biotecnologia, tem pressa em se fixar no mercado brasileiro. Anke Bluth, responsável pelo desenvolvimento de negócios da Scan na América Latina, diz que ainda no primeiro semestre do próximo ano sua companhia deverá instalar seu sétimo laboratório no mundo, cuja localização preferencial será o estado de São Paulo. Pouco mais de US$ 400 mil serão investidos pela empresa em equipamentos e transferência de conhecimento. A Scan entrou no Neuer Markt (a bolsa de alta tecnologia de Frankfurt) em julho. A estréia foi um sucesso, com o preço de suas ações
mais que dobrando logo no lançamento. Desde então, suas ações tiveram ganho
de 18% em relação ao preço de lançamento, embora com alta volatilidade no
período, acompanhando as oscilações da bolsa. Para Maurilio Alves Moreira, coordenador do Bioagro, da Universidade
Federal de Viçosa (MG), cujas atividades iniciaram no final de 1999, a
implantação da rotulagem obrigatória nos alimentos com matéria-prima
modificada geneticamente vai abrir um amplo mercado para testes de
transgenia no Brasil. O Bioagro já realizou 200 testes para indústrias e
cooperativas e tem entre seus clientes companhias como o Carrefour e a
Nestlé. (Gazeta Mercantil/Página B14) (José Alberto Gonçalves) Para 2001, Scarpim estima que as vendas certificadas à Europa cresçam para 70% a 80% das quase 300 mil toneladas de farelo que serão processados. 'A demanda externa por soja não-transgênica é crescente. O problema,
contudo, ainda é o magro adicional que os importadores estão pagando pelo
farelo certificado', diz Scarpim, limitando-se a apontar que o prêmio sobre
o preço está distante dos US$ 8 por tonelada indicados por analistas de
mercado como cifra suficiente para cobrir os custos da certificação e
valorizar o produto não alterado geneticamente. |
(Gazeta Mercantil/Página B14)
Gazeta Mercantil, 4/12/2000 |
Grão modificado restrito ao desembarque |
Brasília, 4 de dezembro de 2000 - A assessoria de comunicação do
Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou que o despacho do ministro
Francisco Falcão em relação à liberação de produtos transgênicos está
restrito ao desembarque do mesmo para elaboração de ração animal e vale
apenas enquanto não for resolvido o conflito de competência entre os
Tribunais Regionais Federais (TRFs) da 1ª Região, em Brasília, e 5ª, em
Recife, que têm posições antagônicas sobre o caso.
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) ajuíza hoje no Superior Tribunal de Justiça (STJ) uma petição para que seja esclarecida a interpretação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) sobre a decisão do ministro Francisco Falcão. Segundo Andréa Lazzarini, advogada do Idec, a decisão do ministro, relator de recurso questionando transgênicos na 1ª Sessão do STJ e no dia 13 de setembro concedeu liminar favorável à União, 'não trata e muito menos libera o plantio das sementes geneticamente modificadas no País'. Para o Idec, o esclarecimento público desse despacho do ministro O Idec também vai encaminhar documento com a denúncia sobre a manipulação da decisão do ministro Falcão pela CTNBio à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara sobre Transgênicos. 'Serão mais documentos a comprovar a parcialidade com que o governo vem tratando o assunto.' Em junho, o Ministério da Agricultura solicitou parecer da CTNBio sobre a segurança alimentar do milho transgênico, relativo à sua utilização na composição de ração. A CTNBio deu parecer favorável, alertando que o milho geneticamente modificado não poderia ser utilizado na alimentação humana e que não poderiam ocorrer dispersões do produto no meio ambiente. O ministério solicitou tal parecer frente à escassez de milho, o que ameaçava o abastecimento de granjas de suínos e aves na região Nordeste. |
(Gazeta Mercantil/Página B14) (Márcia Quadros e Ayr Aliski) |
Congreso Mundial de Consumidores llama a evaluar transgénicos |
SANTIAGO, dic (Consumers International).- Unos 800 delegados de todo el mundo reunidos en
Durban, Sudáfrica, llamaron a los gobiernos e instituciones internacionales a
evaluar los alimentos genéticamente modificados para garantizar su inocuidad tanto para las personas como para el medio
ambiente
Consumers International y sus miembros reconocen que el uso de biotecnología y otras nuevas tecnologías alimentarias pueden proporcionar
beneficios importantes", señaló la federación mundial de organizaciones de consumidores en una de sus resoluciones
finales. Sin embargo, agrega, "las nuevas tecnologías han levantado muchas
preocupaciones para los consumidores sobre su seguridad para el consumo humano, las implicaciones para el ambiente, y su impacto potencial social Desde el 13 al 17 de noviembre, el moderno Centro de Convenciones de esa ciudad sudafricana fue sede del XVI Congreso Mundial de Consumers International, la mayor federación mundial de organizaciones de consumidores, con 272 asociaciones miembros en más de 120 países. Entre ellas están desde la poderosa Consumers Union de Estados Unidos con unos 5 millones de socios, al Servicio Nacional del Consumidor (SERNAC) de Chile, Consumidores Colombia (COCO) o Konfop de Rusia. La resolución añade que antes de que los alimentos transgénicos, o aquellos fabricados mediante cualquier nueva tecnología alimentaria, sean ofrecidos en el mercado, deben ser evaluados para asegurar la salud humana y ambiental. Por ello, "se impone una moratoria de los cultivos y de la comercialización de tales alimentos hasta que (esa evaluación) haya sido realizada.
Nuestro movimiento, señalan las resoluciones. no sólo se preocupa de que los consumidores obtengan productos seguros y de calidad a cambio de precios justos, sino que sitúa los derechos y las opciones de los consumidores individuales en el contexto de una justicia social y económica para todos. La economía global de mercado ha fortalecido el poder de empresas transnacionales y las instituciones globales tienen muy poca o ninguna responsabilidad hacia la comunidad, agrega CI. "Los consumidores organizados deben trabajar como parte de un movimiento ciudadano que insista en que el mercado sirve a los derechos y a las necesidades humanas. Los derechos y la protección de los consumidores sólo se lograrán como
parte de una lucha global por la justicia para todas las personas, agrega
la declaración final con las resoluciones de CI. "Como parte de la
sociedad civil, nuestro movimiento debe jugar un papel vigoroso en la superación de la pobreza y en la tarea de asegurar que las poblaciones
más pobres puedan satisfacer, al menos, sus necesidades básicas. Consumers International realiza cada tres años un congreso mundial a fin de revisar y preparar estrategias y elegir nueva directiva. Esta vez asumió como Presidenta la australiana Louise Sylvan, quien espera continuar con las actuales campañas de CI en temas alimentarios, comercio y liberalización económica. A Sylvan le gustaría que el movimiento de consumidores añada un nuevo tema a su prioridades: el control del flujo de capitales. Sylvan, cuya organización -Asociación Australiana de Consumidores- tiene 170 mil miembros, es conocida por su trabajo en temas de salud, alimentos, servicios financieros y políticas de competencia. Como Vicepresidenta de CI, fue una voz importante en el desarrollo de las Directrices para el Comercio Electrónico de la Organización para la Cooperación y el Desarrollo Económico (OCDE), adoptadas en 1999. Sylvan también trabajó en el Consejo Asesor sobre Planificación Económica del Primer Ministro en Australia.(FIN/Consumers International/2000) |
Leia Mais: