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Boletim 38, Por um Brasil Livre de Transg�nicos
########################### POR UM BRASIL LIVRE DE TRANSG�NICOS ########################### |
Car@s Amig@s Devido a problemas t�cnicos relacionados � mudan�a de endere�o do IBASE no Rio de Janeiro, o Manifesto Internacional �Alimentos Transg�nicos: Alian�a Internacional pela Morat�ria� e algumas outras informa��es relacionadas a ele, dispon�veis no site do IBASE (www.ibase.org.br), estiveram com alguns dados desatualizados durante as �ltimas semanas. Agora o site j� est� em ordem e estamos correndo contra o tempo. O Manifesto ser� entregue � FAO / ONU (�rg�o das Na��es Unidas de Alimentos e Agricultura) em Roma no in�cio de dezembro. Convocamos novamente todos a entrarem no site e assinarem o Manifesto. A
participa��o da popula��o � important�ssima e ainda precisamos recolher
um n�mero grande de assinaturas. |
************************************ Neste n�mero: 1. Idec contesta a libera��o do milho GM 2. Justi�a mant�m veto ao milho transg�nico 3. Transg�nicos criam tens�o entre EUA e Jap�o 4. Transmiss�o de genes de resist�ncia em beterraba 5. Dados queimados no estudo da Monsanto sobre soja RR Sistemas agroecol�gicos mostram que transg�nicos n�o s�o solu��o para a agricultura 1. Desenvolvimento participativo de sistemas de plantio direto sem herbicidas |
1.
Idec contesta a libera��o do milho GM O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor questiona a CTNBio pelo que considera irregularidades no processo no processo administrativo e parecer, relativos � libera��o de milho transg�nico. Segundo o Idec, a comiss�o autorizou de uma s� vez a importa��o de todas as variedades de milho geneticamente modificado (GM) embora tenha apenas um documento �n�o um trabalho cient�fico�, ressalta sobre uma �nica combina��o. Al�m disso, as informa��es que a CTNBio diz ter pedido nos Estados Unidos sobre seguran�a alimentar dos milhos transg�nicos foram dirigidas ao Departamento de Agricultura, e n�o ao FDA e ao EPA, organismos respons�veis pela sa�de e pelo meio ambiente. �Das 486 p�ginas do processo, s� existem dois trabalhos cient�ficos, que tratam apenas dos efeitos de algumas esp�cies de milho transg�nico para o consumo por galinhas, n�o havendo qualquer documento cient�fico sobre a seguran�a alimentar do milho transg�nico liberado, seja para consumo humano ou para outros animais�, denuncia o Idec, completando que n�o h� nenhum documento ou an�lise no processo a respeito dos impactos � sa�de humana pelo consumo de animal alimentado � base de milho transg�nico. O Idec diz ainda que a CTNBio se baseia no conceito de �equival�ncia substancial� para dar seu parecer e lembra que este conceito �� cientificamente contest�vel, e n�o previsto em legisla��o brasileira ou acordos internacionais�. Completa que a comiss�o �parece ter ignorado um documento do Parlamento Europeu que representa uma posi��o mais cautelosa e sequer o junta ao processo�. O Instituto diz temer que a �CTNBio tenha cedido, pelo que consta do processo, � press�o do Minist�rio da Agricultura para avaliar rapidamente os riscos dos milhos transg�nicos, tendo em vista quest�es econ�micas, como a �quebra da safra� e exige da comiss�o respostas e justificativas, bem como uma c�pia da ata da reuni�o de 28 a 30 de junho passado que aprovou os milhos transg�nicos. Jornal do Brasil, 27/10/00. N.R. No site do IDEC (www.idec.org.br) pode-se ter acesso � parte da ata da CTNBio sobre o parecer da seguran�a da soja RR e a outras informa��es sobre a carta do IDEC para a CTNBio. |
2. Justi�a
mant�m veto ao milho transg�nico
A Avipal, de Porto Alegre, e a Procuradoria Geral da Uni�o tiveram indeferidos ontem, pela ju�za federal S�lvia Gorayeb, os agravos de instrumentos de a��es que pleiteavam, junto ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 4a. Regi�o a libera��o do carregamento de 11.309 toneladas de milho transg�nico argentino, que est� retido no armaz�m da Termasa no porto de Rio Grande. As duas a��es pretendiam modificar a decis�o do juiz da 1a. Vara Federal em Rio Grande, Marcelo Borges, que havia negado a libera��o do produto e determinado a realiza��o de estudo de impacto ambiental. O procurador da uni�o da 4a. Regi�o, Luis Adams, explicou que o pedido de
libera��o justifica-se porque o Conselho T�cnico Nacional de
Biosseguran�a emitiu parecer permitindo que o milho seja utilizado para
elabora��o de ra��o animal. De quatro testes realizados em dois
laborat�rios para detectar se o milho era transg�nico, tr�s apresentaram
resultado positivo e um negativo. |
3.
Transg�nicos criam tens�o entre EUA e Jap�o Milho proibido para consumo humano est� em salgadinhos e massa para bolo exportados. O que come�ou como uma simples den�ncia de ambientalistas est� ganhando contornos de um s�rio problema de com�rcio exterior. A comprova��o de que os produtos da Taco Bell continham milho Bt, transg�nico para consumo animal, foi apenas a ponta do iceberg. Esta semana uma associa��o de consumidores japoneses detectou milho Bt em salgadinhos e mistura para bolos e o Minist�rio da Sa�de do Jap�o quer garantias de que os EUA n�o v�o exportar transg�nicos. A situa��o � t�o s�ria que ontem a Casa Branca convocou seus principais assessores da �rea de biotecnologia para resolver o que fazer. Representantes do Departamento de Agricultura (USDA), da Ag�ncia de Alimentos e Medicamentos (FDA) e da Ag�ncia de Prote��o Ambiental (EPA) discutiram meios de tranq�ilizar os importadores, principalmente Europa, Jap�o e Austr�lia, que t�m normas r�gidas para comercializa��o de produtos geneticamente modificados. Mas o governo n�o poder� fazer muita coisa. O Estado de S�o Paulo, 27/10/00. |
4.
Transmiss�o de genes de resist�ncia em beterraba O peri�dico Tagesspiegel reportou que sementes de beterraba resistentes ao herbicida �Liberty� da Aventis mostraram-se tamb�m resistentes ao �Roundup� da Monsanto. Esta constata��o surgiu a partir de pesquisas feitas em v�rios pa�ses europeus nos campos de cultivo de beterraba geneticamente modificada. As an�lises permitiram conhecer a data e o lugar de apari��o da resist�ncia n�o esperada, mas n�o permitem determinar o lugar de sa�da do p�len nem a via que seguiu para contaminar a semente. Esta nova contamina��o ocasionada pelos organismos geneticamente modificados traz � tona novamente o tema das incertezas relacionadas aos OGMs e ao seu impacto sobre o ambiente e a biodiversidade. http://www.agrisalon.com/en1810m0.htm |
5. Dados queimados no estudo da
Monsanto sobre soja RR
O estudo entitulado �A Composi��o das Sementes de Soja Tolerantes ao Glifosato (Roundup Ready) � Equivalente �quela da Soja Convencional� foi apresentado ao FDA em 1994 pela Monsanto, durante o processo de aprova��o da Soja RR. No entanto, parte dele foi queimada e ele falhou em provar a equival�ncia. O estudo apresentado ao FDA e em seguida publicado no Journal of Nutrition mostra diferen�as significativas entre as sojas GM e controle em 3 dos 6 macronutrientes medidos e em um �cido graxo. Os pesquisadores n�o apresentaram an�lises estat�sticas mesmo em diferen�as maiores nas sojas GM, como 29% menos colina. Eles constataram que a soja RR crua continha 27% mais inibidor de tripsina, um alerg�nico que inibe a digest�o de prote�nas, que pode retardar o crescimento em animais alimentados com soja crua e foi relacionado com aumento no tamanho de c�lulas do p�ncreas em ratos. A falha mais impressionante consiste num problema de queima de arquivo:
os dados de um dos 3 experimentos conduzidos em crescimento de soja em
Porto Rico, foi omitido do estudo publicado e dos dados submetidos ao FDA. Nos ensaios n�o divulgados de Porto Rico, sojas RR
apresentaram teores de prote�na e do amino�cido fenilananina
significativamente menores. Mais problem�ticos foram os n�veis do
alerg�nico inibidor de tripsina em alimentos torrados de soja RR, que
foram os maiores de todos. Os n�veis foram 18% maiores em alimentos RR do
que em alimentos convencionais. Nos alimentos torrados, os n�veis de
alerg�nicos chamados lectins em sojas RR foram quase o dobro dos
n�veis nas sojas controle. |
Sistemas agroecol�gicos mostram que transg�nicos n�o s�o solu��o para a
agricultura
1. Desenvolvimento participativo de sistemas de plantio direto sem
herbicidas.No trabalho realizado pela ONG AS-PTA e pelo F�rum das Organiza��es dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, na regi�o do Centro-Sul do Paran�, que veio questionar a baixa ado��o de sistemas de plantio direto entre os agricultores familiares da regi�o, o uso de herbicidas em sistemas de plantio direto tornou-se um ponto importante a ser refletido. Com a proposta de promover um novo modelo de desenvolvimento, foi iniciado na regi�o um processo social de experimenta��o envolvendo, al�m de testes de sistemas de plantio direto sem uso de herbicidas, temas como manejo da agrobiodiversidade, manejo ecol�gico do solo, seguran�a alimentar entre outros. Com o uso de abordagens participativas, foi poss�vel identificar diversos agricultores experimentadores, incluindo alguns agricultores que j� se encontravam familiarizados com o sistema proposto. Um bom exemplo � a fam�lia Bischof, do Munic�pio de Rebou�as, que j� possu�a 14 anos de experi�ncia no plantio direto sem uso de herbicidas. Al�m de ter permitido analisar o comportamento de diferentes esp�cies de adubos verdes e de plantas de cobertura, foram obtidos outros resultados como o incremento do n�mero de �reas de experimenta��o e a amplia��o das �reas j� implantadas, devido � boa aceita��o das t�cnicas por eles experimentadas. Quanto aos resultados agron�micos, foi apontada uma significativa melhoria dos desempenhos produtivos j� a curto prazo. Espera-se que como resultado de um melhor desempenho produtivo das lavouras, a generaliza��o do sistema de plantio direto sem herbicidas na regi�o ocasione um impacto positivo na renda das fam�lias.
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