- 23 de Dezembro de 2013 às 08:12
O Greenpeace denunciou, na última semana, a presença de toxinas em roupas infantis produzidas por dois dos principais fabricantes têxteis chineses. Essas roupas são vendidas no mercado interno e também a diversos países ao redor do mundo.
A organização pede ao governo chinês que proíba a utilização dos produtos e que fiscalize os dois complexos fabris em particular, que produzem cerca de 40% de todas as roupas de crianças fabricadas no gigante asiático.
Segundo relatório divulgado no Leste da Ásia, os produtos são enviados para o interior do País, ao Oriente Médio, África, Europa e América do Norte, além do sudeste do continente asiático.
"Nosso estudo envia um sinal de alerta aos pais de mais de 200 milhões de crianças chineses e estrangeiros", diz no relatório Lee Chih An, diretora da Campanha de Tóxicos do escritório do Greenpeace no Leste da Ásia.
Posteriormente, as peças foram enviadas a laboratórios independentes, que revelaram que mais da metade delas continham o hormônio NPE, enquanto nove de cada dez deram positivo em antimônio, e pelo menos dois registraram elevadas doses de ftalatos, todas as substâncias conhecidas por sua toxicidade para o sistema reprodutivo, explica o Greenpeace.
A indústria da roupa infantil chinesa é altamente rentável, com lucros anuais de aproximadamente 1 trilhão de iuanes (US$ 165 bilhões) e um crescimento de 30% ao ano, o que a transforma em um dos setores de maior expansão da segunda economia mundial. "Não há regulação no controle do uso dos componentes nas roupa de crianças", critica Lee.
Além disso, o estudo denuncia que os legisladores levam anos elaborando minutas a respeito, mas que nunca saem do papel: "Ainda não temos ideia de quando uma lei será promulgada", acrescenta.
Fonte: Greenpeace em 23 de Dezembro de 2013