Lista definida a partir da Convenção de Estocolmo já tem 12 produtos poluentes orgânicos persistentes (POPs)
São Paulo - A primeira reunião das partes envolvidas com a Convenção de Estocolmo, em vigor desde 2004, propôs a inclusão de mais quatro produtos na lista de poluentes orgânicos persistentes (POPs) mais perigosos, que devem ser banidos de todo o planeta. A lista tem atualmente 12 produtos, e os novos podem ser acrescentados até o fim deste ano.
A Noruega pediu a entrada do pirorretardante éter de pentabromodifenilo; o México quer a inserção de um conjunto de produtos químicos conhecidos como os hexaclorociclohexanos; a União Européia quer colocar na lista o pesticida clodecona e o pirorretardante hexabromobifenil.
A reunião ocorreu na semana passada na cidade litorânea de Punta del Este, no Uruguai. Claudio Langone, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, apresentou uma proposta de transformar o Brasil em um Centro Regional da Convenção de Estocolmo.
Apesar de ter ratificado a Convenção de Estocolmo, que prevê o fim da produção e a eliminação gradual das 12 substâncias definidas em reuniões anteriores, tanto o Brasil como outros 151 países que aceitaram o texto - vários ainda não ratificaram suas participações - precisam ampliar suas ações práticas para que os pesticidas possam impactar menos o ambiente e a saúde humana.
Um acordo foi fechado sobre a maneira de avaliar o progresso da convenção e a redução dos níveis de POPs no ambiente. Esse sistema será centralizado em Genebra, na Suíça, onde vai funcionar a secretaria da convenção. Os países que, por algum motivo, precisarem continuar usando certos produtos - na África o DDT é usado para o combate à malária - terão de informar aos secretários.
A lista com os 12 POPs tem nove pesticidas - aldrina, clordano, DDT, dieldrina, endrina, heptacloro, hexaclorobenzeno, mirex e toxafeno - e dois produtos químicos industriais - PCB (bifenilpoliclorado) e hexaclorobenzeno. Completa a lista o grupo de subprodutos não deliberados, como dioxinas e furanos.
fonte: Agência Estado, Quinta-feira, 12 de maio de 2005
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