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Agrotóxico dizima abelhas no Paraná, diz agência de defesa agropecuária

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Abelhas que estavam em cerca de 40 caixas pertencentes a apicultores do município de Turvo, no interior do Paraná, foram mortas por envenenamento provocado por agrotóxico. Foi o que apontou uma investigação da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) – Gerência de Sanidade Vegetal de Guarapuava. O caso ocorreu em setembro deste ano, e o agricultor responsável pelo uso inadequado do produto foi multado pela Adapar.

 

“Ao inspecionar os apiários, produtores da Colônia Velha do Ivaí, no interior do município, encontraram as abelhas dizimadas. Estavam mortas dentro e fora das caixas e com a ‘língua’ para fora. Algumas, ainda vivas, encontravam-se desorientadas e sem reação”, informa a Adapar em nota divulgada nesta segunda-feira 30.

Nessa comunidade, conforme a agência, predominam as pequenas propriedades, com mão de obra familiar, onde se cultivam olerícolas e fruticultura. “Neste caso, a apicultura também contribuía para o sustento das famílias afetadas.”

 

Nabo forrageiro

 

Em 10 de setembro, após receberem denúncia sobre a mortalidade das abelhas, fiscais da Adapar foram ao local para realizar coletas e iniciar a investigação. “O laudo técnico do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) apontou o agrotóxico fipronil nas amostras coletadas de abelhas mortas, abelhas vivas, favos e em plantas de nabo forrageiro, utilizado como cobertura de inverno em uma área próxima aos apiários.”

 

Segundo a investigação, um agricultor utilizou o inseticida em jato dirigido no sulco de plantio, com o objetivo de controlar a vaquinha (Diabrotica speciosa) para a semeadura do milho. Porém, havia plantas do nabo forrageiro ainda com flores. As abelhas que ainda visitavam as flores do nabo foram intoxicadas e contaminaram o enxame.

 

Alerta

 

A Lei Federal 7802, de 11 de julho de 1989, estabelece na alínea b, do art.14, que “as responsabilidades administrativa, civil e penal pelos danos causados à saúde das pessoas e ao meio ambiente, quando a utilização de agrotóxicos não cumprir o disposto na legislação pertinente, caberá ao usuário, quando proceder em desacordo com o receituário ou as recomendações do fabricante”. Por isso, o produtor que causou o dano foi autuado.

 

A Adapar alerta os agricultores para que leiam atentamente a bula/rótulo e o receituário agronômico do agrotóxico que adquirirem. No caso registrado em Turvo, tanto a bula quanto o receituário agronômico informavam: “Este produto é tóxico para abelhas. Não aplique este produto em época de floração, nem imediatamente antes do florescimento ou quando for observada visitação de abelhas na cultura. O descumprimento dessas determinações constitui crime ambiental, sujeito a penalidades”.

 

 

FONTe: AEN/Gov. PR em 30-11-2020

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