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Cientistas usam cheiro de alho para repelir praga em plantação


Cientistas descobrem que óleos essenciais de alho, hortelã e tomilho, entre outros, são eficazes para repelir moscas que atacam plantações de brócolis e outros vegetais


Alho é um tempero do tipo ame ou odeie. Uns adoram seu aroma e sabor, outros repelem seu gosto marcante.

Para cientistas da Universidade de Vermont, o alho se tornou uma maneira de combater moscas da espécie Contarinia nasturtii, uma praga para plantações de brócolis, couve e alguns tipos de repolhos.

Os pesquisadores descobriram que alguns óleos essenciais, como de alho, hortelã, tomilho, eucalipto-limão e de casca de canela, são eficazes para repelir as moscas nesse tipo de plantação.

A descoberta é importante principalmente para cultivos orgânicos, que no momento não têm uma alternativa saudável para combater esse tipo de praga. Os fazendeiros de plantações convencionais, não orgânicas, tem usado inseticidas neonicotinóides, mas eles são prejudiciais às abelhas.

Muitos agricultores orgânicos simplesmente deixam de cultivar as espécies mais vulneráveis à mosca, por falta de opção. Em alguns casos, as moscas são capazes de destruir 100% da plantação se não forem combatidas.

Segundo os pesquisadores, o uso de óleos essenciais para combater pragas não é novo, mas sempre foi feito na base da tentativa e erro, sem base científica. Mas, agora, o estudo apontou quais tipos de óleos são mais eficazes para essa finalidade.

Os pesquisadores testaram vários tipos de óleo e observaram que, dependendo da sustância, as moscas fêmeas eram menos propensas a botarem ovos, ou evitavam voar na direção dos vegetais. Em geral, os odores mais diferentes quimicamente do cheiro da planta original foram os mais eficazes.

“É difícil fugir dos inseticidas porque eles são bons em matar os insetos”, disse Chase Stratton, um dos autores da pesquisa. “Mas as plantas têm de defendido contra eles por milhões de anos. Por que somos tão arrogantes em pensar que podemos nos sair melhores do que elas?”, questiona.

Fonte:Revista Planeta em 23/07/2019

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