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Da cidade para a agricultura biológica

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Paulo Peixoto e Susana Gouveia trabalhavam no setor financeiro, até ao dia em que decidiram fazer uma viragem na vida deles através do hobby que sempre os apaixonou – a agricultura.

A decisão de abandonar a vida citadina – “não foi nada fácil”, desabafa Paulo – foi tomada devido à necessidade de uma “viragem” na vida deles; assim, decidiram começar do zero numa área totalmente diferente da que estavam habituados. Se antes eram ambos ligados ao setor financeiro, hoje, o dia é vivido numa realidade bem diferente, em Vizela, na Quinta de Silvares, tendo o terreno sido alugado à Diocese do Porto através de um projeto de reabilitação.

O que começou como uma atividade em part-time, rapidamente passou a ter outra importância a partir do momento em que conseguiram arranjar um terreno com uma dimensão “atrativa”. Assim, o contacto com a agricultura cresceu e a “vida mecanizada” vivida no Porto foi, segundo Paulo Peixoto, abandonada em prol de uma “vida mais saudável”.

No entanto, o casal só abraçou este projeto por ser um sistema produtivo que “mantém a saúde dos solos, dos ecossistemas e das pessoas”, isto é, uma agricultura biológica que se baseia nos ciclos naturais e na biodiversidade adaptados às condições locais, longe de químicos.

O jovem agricultor acredita que Portugal tem “todo o potencial” para fazer o setor agrícola crescer, mas existem “demasiadas burocracias” para que a ajuda seja, de facto, real. Por exemplo, o casal tentou submeter um projeto de desenvolvimento rural em 2014, mas não obteve qualquer resposta. Agora, esperam “pacificamente” uma posição pela parte do Governo.

O outro sonho do casal passa pela criação de um pomar de macieiras, o que os levou a criar um projeto de crowdfunding para que pudessem angariar os fundos necessários. Até dia 19 de junho precisam do financiamento que lhes permita continuar a expandir o negócio. Com ou sem ajuda financeira, vão continuar a cultivar e a distribuir os cabazes de produtos biológicos que se encontram à venda no site da Quinta de Silvares.

Fonte:JPN em 17-06-201

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