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Em São Paulo, dobra o número de empresas que entregam orgânicos em casa

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Atualmente atuam na capital paulista cerca de vinte empresas que oferecem o serviço de entrega de alimentos orgânicos, livres de aditivos químicos, na residência dos clientes. Estima-se que pelo menos metade dessas empresas tenha surgido no último ano.

Um exemplo desse serviço é a empresa Do Sítio, lançada em outubro do ano passado pelo designer Renato Borges, para vender os produtos cultivados no sítio da família, em Atibaia, a cerca de 60 quilômetros da capital. “Em seis meses, dobramos o tamanho da horta para atender a uma média de cinquenta pedidos por mês”, comenta ele.

O negócio está se expandindo devido a demanda da clientela. A procura por esse tipo de comida cresceu 20% no Brasil no último ano, segundo o Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável. De 2015 para cá, o número de produtores no Estado de São Paulo triplicou, ultrapassando 1700.

As empresas de delivery atuam de maneira semelhante. A lista de alimentos — entre hortaliças, legumes, frutas, ovos, carnes e sucos — é disponibilizada em um site ou pelo aplicativo de mensagens WhatsApp, geralmente aos domingos. Os clientes selecionam o que desejam e enviam o pedido. Em dois dias, a cesta chega à casa das pessoas, de madrugada ou nas primeiras horas da manhã, para evitar a ação do calor.

Em muitos casos, o negócio começa como um serviço informal, feito na própria residência dos comerciantes, e só depois, com o aumento da procura, se profissionaliza. Foi o que aconteceu com a empresa Leve Bem, criada em 2013 no apartamento do casal Carolina Brenoe e Eduardo Castagnaro, na Praça da Árvore, Zona Sul de São Paulo.

Em poucos meses, com o aumento das vendas, os dois decidiram se mudar para Vargem Grande Paulista, a 50 quilômetros da capital, para se aproximar dos fornecedores. Em quatro anos, a empresa quintuplicou de tamanho e passou a registrar um faturamento mensal de R$ 36.000. Atualmente, oito funcionários trabalham em um galpão, na seleção e na distribuição de 720 cestas por mês, ao preço mínimo de 50 reais cada uma.“Entramos nesse ramo para agregar um serviço à atividade dos produtores, mas não imaginávamos que iríamos tão longe”, conta Carolina.

Claudio Uwada abriu o site Orgânicos da Vila para aumentar as vendas dos itens orgânicos que cultivava no sítio da família em Suzano, na Grande São Paulo, há quatro anos. “No começo só atendia pessoas de classe média alta, mas hoje tenho clientes de todos os tipos”, afirma o empresário que chega a entregar 240 cestas por mês.

O custo de produção de orgânicos é até 40% maior que o dos convencionais. Isso se deve aos gastos com o tratamento da água e do solo, a compra de adubos naturais (mais caros que os químicos) e a obtenção de certificações das associações de produtores.

Além disso, sem agrotóxicos, há o risco de perda da safra por pragas. Diferentemente do que ocorre nas grandes redes de supermercados, nem sempre o item desejado estará à disposição, o que vai depender da época do ano — caso do morango, disponível apenas de agosto a outubro, por exemplo.

Os clientes, no entanto, não parecem se incomodar com essas questões. “Com esses serviços, temos a garantia da qualidade”, diz a engenheira Nifna Santana, de 30 anos, moradora do Pacaembu e cliente da Do Sítio. “Isso sem contar a comodidade de receber em domicílio”.

Serviço:

Do Sítio: http://www.do-sitio.com[email protected]
Leve Bem: www.levebemdelivery.com.br
Orgânicos da Vila: www.organicosdavila.com.br

No Rio de Janeiro é possível comprar orgânicos online através do supermercado OrganoMix e no site do Sítio do MoinhoEm Curitiba, o site da empresa BioÉ Orgânicos também oferece o serviço de entregas em domicílio. As três empresas são parceiras da rede OrganicsNet.

Fonte: Veja São Paulo

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