Em plena expansão, sobretudo após a chegada da pandemia, o mercado de orgânicos conta hoje, no país e em Minas, com um número ainda pequeno e desproporcional de produtores credenciados pelo Ministério da Agricultura, seja por meio de instituições públicas ou privadas, autorizadas a fazer certifica-ções pelo governo.
Segundo o superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Secretaria de Estado da Agricultura de Minas (Seapa-MG), Carlos Eduardo Bovo, são, hoje, cerca de 24 mil propriedades com selo de autenticidade de cultivo orgânico em todo o Brasil, sendo 1.026 no Estado.
Vale lembrar que os selos de “orgânicos”, obtidos após inspeções que são pagas pelos produtores, refletem bem mais que a não utilização de defensivos químicos, por exemplo (o que caracteriza outra categoria, a dos produtos Sem Agrotóxicos, ou SAT). “Também asseguram o respeito a uma série de práticas ambientais e sociais, como a não utilização de trabalho escravo”, diz Bovo.
Isso tudo significa que itens que às vezes as pessoas compram como sendo de comprovada origem orgânica, como hortaliças, frutas e queijos, podem não ser devidamente certificados. Trata-se de algo que aumenta, e muito, a responsabilidade dos revendedores, que devem garantir a autenticidade dos produtos. “Há casos de pequenos agricultores que não têm selo, mas, quando isso ocorre, vamos ao local e verificamos os processos antes de distribuir os produtos”, assegura Henrique Machado, gerente da Orgânicos do Chico.
Fonte:Hoje em Dia por Evaldo Magalhães em 10/05/2021
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