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Produtores investem no sistema de produção para garantir certificação orgânica

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A partir de 2011 produtores de orgânicos só poderão continuar o cultivo se tiverem um selo do Ministério da Agricultura. Pensando nisso um grupo articulado pelo Sebrae está vistoriando as propriedades para identificar o que é preciso modificar no sistema de produção.

Mas antes disso, existe o que podemos chamar de tripé da produção orgânica: se ela realmente é sustentável- e se há indícios de produtos químicos por ali; se o manejo da horta respeita as leis ambientais e ainda, como está a situação social da família do produtor.

"O produtor orgânico por exemplo não pode ter empregado sem registro, não pode haver trabalho escravo, essas coisas", disse o inspetor credenciado Gilberto José Zibetti.

Um grande questionário para identificar problemas e os pontos positivos da propriedade são detalhes desde a distância entre a horta e a estrada, por causa da possibilidade de deposito de poeira e poluição nas plantas, até a situação das divisas com os vizinhos (pois esses podem usar produtos químicos).

Investigação sobre histórico do controle da produção (esterco, sementes... ou quais itens naturais são usados como extrato de pimenta ou folha da mamona), outras características como o tipo de reserva de mata. A qualidade do solo, topografia do terreno e a presença de lixo doméstico, são muito importantes e podem influenciar na qualidade da produção.

No total, serão avaliadas 200 propriedades com produção orgânica, em Mato Grosso do Sul, 84 delas, aqui na Capital. No assentamento pantanal, são oito.

Além deste assentamento, em Campo Grande, os técnicos vão visitar também propriedades em outras cidades, como Jaraguari, Terenos e Dourados. A partir do ano que vem, os produtos orgânicos só poderão ser comercializados com o selo, por isso, é fundamental que os produtores recebam as orientações e obtenham a certificação

"Foi feito um treinamento para que os técnicos possam fazer os diagnósticos dos produtores e isso vai ser feito em campo até meados de novembro, e a partir de então e deles terem preenchido o plano de manejo, será enviado para certificadora e então ela vai designar uma pessoa para fazer a certificação e ao final será feito um relatório individual de cada produtor a fim de estar apto ou não para vender o produto", explica Gilberto.

Seu Hildebrando Coelho já trabalhava há muito tempo no campo, mas com a produção de leite, há um ano meio resolveu investir na plantação de produtos orgânicos, ele aprova a visita dos técnicos e do inspetor da certificadora.

"É ótimo porque daí nos temos certeza de que estão dando apoio, uma força principalmente com relação a certificação", diz Hildebrando. (Colaborou Ari Theodoro)
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Fonte: REcord MS em 07 de novembro de 2010

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