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Centro de Inteligência em Orgânicos é criado para fortalecer cadeia produtiva

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Em parceria com o Sebrae, a Sociedade Nacional da Agricultura, responsável pelo projeto

Um projeto da Sociedade Nacional da Agricultura (SNA) pretende fortalecer e profissionalizar a cadeia de orgânicos no Brasil. A entidade criou o Centro de Inteligência em Orgânicos (CI Orgânicos), desenvolvido com o apoio do Sebrae, para disseminar informações para aumentar a competitividade da cadeia no país. O sistema contará com pesquisas sobre produtos e mercados, dados dos produtores, processadores, distribuidores e fornecedores dos produtos, tecnologias, oportunidades de negócios, melhores práticas, dentre outras informações que estarão disponíveis no site www.ciorganicos.agr.br.

A ideia foi apresentada na Bio Brazil Fair (Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia), que começou nesta quinta-feira (24/5) e segue até o dia 27/5, na Bienal do Ibirapuera. A entrada no evento é gratuita.

"A cadeia de orgânicos só pode crescer se consumidor, produtor e mercado recebem informações", destaca a coordenadora do projeto, Sylvia Wachsner. "O consumidor, por exemplo, ainda não compreende muita coisa; que custa mais caro porque produto orgânico tem que ter certificação, e ela não vem de graça. Custa mais, também, porque não temos ainda produção em escala nos orgânicos, porque falta tecnologia. Mas as oportunidades são imensas", explica.

O projeto piloto foi testado com 106 produtores do Rio de Janeiro e agora, com a parceira de três anos com o Sebrae, será expandido para outros estados como Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Nos resultados preliminares do piloto, os estudos constataram que 72% dos produtores não possuiam o DAF (Declaração de Aptidão ao Pronaf), o que inviabiliza a venda dos produtos para a merenda escolar dentro do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). E que 45% tem pouco acesso a sementes orgânicas e, por isso, usam as convencionais.

"Ao mesmo tempo, estamos capacitando os produtores, onde o grupo se conhece melhor, do produtor ao mercado, e começa a analisar suas forças, fraquezas, ameaças e faz calendários agrícolas", diz Sylvia. Além disso, o projeto já começou a fazer um estudo de mercado em hotéis, restaurantes, varejos, para melhor entender a comercialização dos orgânicos nesses setores e, com isso, orientar os produtores. "Isso tudo no sentido de unir as pontas de toda a cadeia".

De acordo com a coordenadora, o CI Orgânicos deve buscar ainda apoio para colaboração técnica com a Embrapa.

Fonte: Globo Rural Online em 25-05-2012

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