BELO HORIZONTE - Novo destino está sendo traçado, na Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG), para os grãos de café classificados
como defeituosos, e que não ganham o mercado externo. Por sugestão
do Sindicato das Indústrias do Café de Minas Gerais (Sindcafé),
professores da Escola de Engenharia iniciaram pesquisa sobre a viabilidade
de seu aproveitamento para a produção de biodiesel. Os estudos
são financiados pela Fapemig, que aprovou, em 2003, a liberação
de R$ 30 mil.
O valor destina-se ao custeio de pequena escala de trabalho em laboratório,
informa uma das coordenadoras da pesquisa, a professora Adriana Silva França,
do departamento de Engenharia Química. O trabalho consiste em realizar
a extração do óleo, isolar impurezas e verificar a viabilidade
de seu uso para a produção do biodiesel. O método vale-se
de solventes, indicado para sementes de baixo teor de óleo, como as
do café.
Estima-se que, de cada 100 quilogramas de café, é possível
obter 12 quilogramas de óleo. Apesar de produzir pouco óleo
- a soja fornece 20% e o babaçu 60% de sua massa -, o café possui
vantagens em relação a outras oleaginosas, sobretudo devido
ao volume de sua produção e ao custo reduzido do processo de
aproveitamento dos grãos defeituosos, cuja separação
já ocorre no beneficiamento convencional.
fonte: Yahoo Notícias 170105 em 17/01/2005
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