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Agricultores iniciam processo de certificação da produção orgânica

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Frutas, hortaliças, cereais, pecuária e gestão da propriedade no sistema orgânico são alguns dos resultados práticos das aulas teóricas e práticas

Adriano Oltramari


Pato Branco - Os produtores rurais de Pato Branco, região sudoeste do Paraná, que acreditaram na proposta de agricultura orgânica, cujo projeto começou em julho de 2002, iniciaram na semana passada o cadastro para alcançar a certificação dos produtos.

Das 20 famílias que iniciaram o curso, 13 já se inscreveram e ainda neste ano as que estiverem em conformidade com as normas que regulamentam o setor poderão receber o selo de garantia, certificado pelo Instituto Biodinâmico, de São Paulo.

O programa é promovido pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) no Paraná, Fórum de Desenvolvimento, Prefeitura Municipal e Sindicato Rural de Pato Branco.

Frutas, hortaliças, cereais, pecuária e gestão da propriedade no sistema orgânico são alguns dos resultados práticos que as famílias dos pequenos produtores rurais estão obtendo depois de horas de aulas teóricas e práticas.

Além das técnicas de cultivo, o grupo está desenvolvendo o trabalho associativo. Em agosto de 2003, 13 produtores fundaram a Aprovida (Associação de Produtores Orgânicos de Pato Branco).

A agrônoma da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente da Prefeitura de Pato Branco, Vanessa Casiraghi, acredita que o plano de conversão das propriedades será fundamental para os agricultores atingirem a certificação. “Foram horas de trabalho teórico e prático. Quem foi persistente e seguiu o conteúdo poderá colher resultados”, analisa.

Os cadastros preenchidos estão sendo encaminhados para o IBD. Depois de avaliados, será marcada uma data para a análise das propriedades. “O selo será uma garantia para o consumidor e o produtor. Para o consumidor, porque traduz segurança e para o produtor porque valoriza quem faz o trabalho de forma honesta”, destaca Sabino Oltramari, consultor do Sebrae/PR.

A estimativa é que se as propriedades estiverem dentro das normas, em seis meses será possível expedirem o selo de certificação. O custo da certificação para os agricultores ficará em torno de R$ 150,00 cada um. Isso porque estão trabalhando via a Aprovida e também porque recebem a orientação dos técnicos das entidades envolvidas, que viabilizam e organizam documentos e procedimentos. Isoladamente, pagariam em média, R$ 800,00.

O presidente da Aprovida, Antonio Giacomoni, acredita que o grupo alcance a certificação devido ao trabalho minucioso que vem sendo aplicado nas propriedades. “Temos condições de oferecer um produto diferente, com alto valor nutritivo, sem agrotóxico, o que se torna uma opção saudável para o consumidor”, projeta.

De acordo com Giacomoni, atualmente o grupo vende seus produtos na feira do produtor rural de Pato Branco, nas quartas e sábados. “Os alimentos já têm aceitação e chegam a faltar devido à grande procura”, conclui.


fonte Sebrae/PR: (41) 334.1331

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