logomarca

Apicultor de Pedra Azul, ES, investe na produção de café orgânico de qualidade

ilpf


Um apicultor de Pedra Azul, em Domingos Martins, está produzindo um café orgânico de qualidade e a safra colhida este ano chegou a 91 pontos. Há sete anos trabalhando no segmento, Arnô Wieringa, mais conhecido como 'Seu Arnô', apresenta todo um cuidado com a produção do café e acredita que as abelhas ajudam muito no resultado alcançado.

Para ele, a apicultura é importante para preservação do meio ambiente, produtos orgânicos, entre outros.

cafe-torrado"Em conversa com diversos cafeicultores da região onde colocamos nossas abelhas para fazer polinização do café do proprietário, através desse plantio orgânico há casamento com as abelhas, e, assim, conseguimos agregar um valor mais alto na venda de café", ressaltou.

Da mesma forma, na época da florada do café as abelhas vão para a plantação, o que inclusive ajuda em sua produção.

"Já foi comprovado, inclusive em pesquisas científicas de café arábica, que este café aumenta em 20% a 30% o tamanho do grão. Além disso, o volume da colheita também aumenta", acrescentou.

Segundo o supervisor agrícola Rogério Lemke, que há 10 anos trabalha com café e foi um dos incentivadores para Arnô investir na cafeicultura, antes a área da propriedade tinha uma lavoura de hortaliça no método convencional, porém, depois que o apiário foi instalado, a terra descansou e a vegetação natural começou a voltar.

Daí eles decidiram plantar uma árvore natural do Canadá, conhecida como Liquidamba.

"A gente decidiu plantar aqui, porque temos uma outra área de café que tinha liquidamba plantada e ela estava bem espaçada. Dessa forma, a gente decidiu plantar o café embaixo para ver o que dava. Plantamos e o café foi saindo muito bem", relembrou.

Rogério disse, ainda, que como eles não usam defensivos agrícolas, o mato também não é capinado. Uma das preocupações é com a adubação do solo e nutrição da planta.

"A planta volta a folha no período de verão e no inverno as folhas caem. Isso significa que no inverno quando a planta precisa de claridade, cai a folha toda e o sol entra. Quando é o contrário, ela renova a folha toda e protege o café da incidencia do sol, além de servir como matéria orgânica", destacou.

Produção

Na lavoura de 3 hectáres do Arnô (onde 1 hectáre e meio é destinado à produção de café), o primeiro passo é a plantação do produto. Depois é realizada a colheita, a catação, que serve para eliminar os defeitos do café (pode aparecer um café verde, brocado). Feita essa seleção ele vai para outra máquina , onde é torrado.

Sendo assim, o café é secado, sem tirar a casca nem despolpar, o que de certa forma é benéfico para o produtor.

"A diferença é que consegue o açúcar mais concentrado. Ou seja, de um café mais doce e de melhor qualidade", afirmou o torrefador Mario Zardo.

Após seco, o café vai para Venda Nova do Imigrante, onde é colocado em uma máquina e é pilado para retirar a casca. Trata-se do processo de torrefação. Feito isso, ele passa por uma peneira para separará-lo pelo tamanho do grão. Ou seja, o grão com peneira acima de 16 vai para o café expresso.

Fonte:G1 ES em 5/10/2017

Leia Mais: