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Em debate bolsa de negócios para produto ecológico

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O Brasil pode, dentro de alguns anos, ter uma bolsa de valores voltada exclusivamente para produtos nacionais ecologicamente e socialmente corretos. Trata-se da Brazilian Environmental Commodities Exchange (Bece), uma bolsa de valores semelhante à de Chicago, nos Estados Unidos, que determina os preços da maior parte dos grãos produzidos no mundo. A diferença é que a Bece será composta apenas por produtos que sejam produzidos com conceitos de desenvolvimento sustentável. Além disso, os lucros irão diretamente para os produtores, e não para grandes empresas. Trata-se do conceito de "commodities ambientais", idéia que partiu do Sindicato dos Economistas do Estado de São Paulo e da economista Amyra El Khalili, presidente da organização não-governamental (ONG) Consultant, Trade and Adviser (CTA). Segundo Amyra, as commodities ambientais são divididas em sete grupos: água, energia, madeira, minério, biodiversidade, reciclagem e controle de emissão de poluentes. Ao contrário das eco-commodities, que são produtos fabricados com conceitos ecologicamente corretos e cujos lucros de venda vão para as empresas responsáveis, o modelo das commodities ambientais gera lucros diretamente para o produtor. O termo commodity ambiental é empregado para indicar que o produto pode ser classificado, diferentemente da pura e simples extração, preservando-se o meio ambiente. Como exemplo de commodity ambiental Amyra cita o caso do palmito: "Além da organização da comunidade em cooperativa, um palmito certificado como commodity ambiental será vendido pelo melhor preço no mercado internacional." Além disso, a bolsa também permitiria a troca direta dos produtos. Uma comunidade poderia oferecer açúcar certificado em troca de água ou biodiversidade. No entanto, ainda não há uma data certa para que a Bece entre em operação. As pendências envolvem: qualificação dos produtos,certificação, forma de taxação, e outros.

Fonte:Panorama Brasil / DCI 5/8/03)

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