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Estas vacas fazem bem ao ambiente

 

Na Colômbia também há vacas felizes.

 

Alimentam-se de frutos e de folhas dos arbustos. Fazem parte de um projeto-piloto de agrossilvicultura - a integração do pasto na floresta. Uma mudança na forma de criar gado com impacto direto na natureza e que muito pode contribuir para travar as alterações climáticas.

 

Tradicionalmente, os produtores de gado abatem árvores para instalarem campos de pastagem. Neste modelo, é exatamente o contrário: plantam-se árvores, reduzindo a dimensão do impacto do pastoreio e fazendo crescer a área florestal.

 

Enrique Murgueito, do CIPAV, uma organização não governamental colombiana de promoção da agrossilvicultura, explica que o "sistema que contribui para a biodiversidade e para a recuperação da fertilidade dos solos. Captura o dióxido de carbono na biomassa da forragem.

 

A criação de gado tem um impacto tremendo no ambiente. Dados recentes indicam que é responsável pela produção de milhões se toneladas de dióxido de carbono e de 23% dos gases que contribuem para o efeito de estufa. A agrossilvicultura pode reduzir este impacto em 60%. Contas feitas pela confederação de agricultores do Reino Unido que considera que a reconversão da criação de gado pode conduzir a um efeito neutro no ambiente em 2040.

 

No projecto piloto que está a ser desenvolvido na Colômbia já foram recolhidos dados que permitem dizer que não é só o ambiente que beneficia; a produção aumenta. Claudia Durana, criadora de gado considera que "este modelo melhora o solo, as pastagens, o microclima e até a humidade do ar".

 

De acordo com o Banco Mundial, mais de 2 milhões e meio de árvores de 80 espécies diferentes foram plantadas na Colômbia ao abrigo deste programa. Nos últimos sete anos, o número de explorações de agrossilvicultura cresceu


De Teresa Bizarro Almeida • Últimas notícias: 04/12/2019

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