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Ministro Defende Agricultura Ambientalmente Sustentável

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O ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, participa do encerramento da Feira Internacional de Agroenergia e Biocombustíveis (Enerbio/2006).

 

Brasília - “Vou dizer pela 15ª vez, não precisamos derrubar um pé de árvore para fazer agricultura no Brasil”. Com estas palavras, o ministro da Agricultura, Luis Carlos Guedes Pinto, defendeu o setor agrícola da acusação de estar destruindo o meio ambiente. Ao falar sobre o potencial de crescimento da produção de fontes bioenergéticas no país, o ministro afirmou que a preocupação do ministério quanto à preservação ambiental se traduz na busca por tecnologias que resultem no aumento da produção de alimentos, de matéria-prima e de energias renováveis, “sem a necessidade de mexer em nossas florestas”.

 

Segundo o ministro, além de contribuir para a preservação ambiental, a produção de combustíveis limpos como o álcool, o biodiesel e o hbio, pode colaborar com a criação de novos empregos e com a distribuição de renda. “O Brasil tem um enorme potencial. E não há conflito entre a produção de agroenergia e de agricultura alimentar (e a preservação ambiental). Nós temos todas as condições de produzir respeitando o meio ambiente. A agroenergia pode, inclusive, ajudar a melhorar as condições ambientais”.

 

O ministro disse estar convencido das “perspectivas extraordinárias” para a produção de energia e de combustíveis limpos a partir da agricultura. “Nossa expectativa é de que, em dez ou quinze anos, nós possamos dobrar a produção de álcool por hectare. E obter resultados ainda melhores com o biodiesel, já que as pesquisas ainda são muito recentes”.

 

Guedes Pinto afirmou que desde o ProÁlcool, o Brasil acumula experiência na utilização de fontes alternativas de combustíveis. Mas admitiu que, em relação ao biodisel, o país ainda tem muito que pesquisar se quiser reproduzir o sucesso alcançado pelo programa de utilização de álcool. Segundo ele, a partir de 2003, praticamente todas as montadoras passaram a produzir veículos do tipo bicombustíveis, que utilizam tanto gasolina, quanto álcool. Hoje, segundo ele, a frota brasileira já conta com quase 2,5 milhões de veículos deste tipo.

 

De acordo com o ministro, o biocombustível, apresenta enormes vantagens sobre as demais fontes energéticas, sobretudo o petróleo. Além de ganhos ambientais - como a menor emissão de poluentes - o álcool, o biodiesel, os resíduos agroflorestais e as reservas florestais cultivadas com este fim, oferecem a vantagem de serem renováveis. “Do ponto de vista econômico, nós criamos um nova demanda, gerando empregos, desconcentrando a renda. E há também impactos positivos para a balança comercial”.

 

Para o ministro, os principais desafios para o sucesso do biocombustível são a oferta regular do produto, preços previsíveis, a garantia de suprimento a curto e em longo prazo e a definição de normas e padrões.

 

Fonte: Agência Brasil, 9 de Novembro de 2006 - 20h53 - por Alex Rodrigues e José Cruz/ABr

 

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