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MATA ATLÂNTICA - Mapeamento vai identificar áreas

 

Ipês amarelos, orquídeas, bromélias, samambaias, pintassilgos, bem-te-vis e tucanos são exemplos dos 40% de animais e 70% dos tipos de plantas existentes na Mata Atlântica. E apesar do Ceará ser um dos estados brasileiros com menor faixa deste tipo de mata, a biodiversidade é tanta que, em um terreno de 20x20 metros chegaram a ser catalogadas 42 espécies florestais, quando em toda a França só existem três tipos.

Curiosamente, Fortaleza pode ter sido uma grande área de Mata Atlântica, já que este ecossistema inclui, além da floresta ombrólia densa, os manguezais dos estuários costeiros.

Já Itapajé é uma das cidades cearenses que teve 100% do seu território pertencente ao domínio deste bioma. É destas florestas, garantindo o abastecimento de água para a Região Metropolitana de Fortaleza, que vêm os rios Pacoti, Ceará e Cocó, originados nas Serras de Baturité, Pacoti e Aratanha.

A coordenadora florestal da Semace, Teresa Farias, explica que ainda não é possível falar em quantos municípios cearenses estão dentro do domínio de Mata Atlântica, porque a sua vegetação se confunde com a de floresta de altitude. Certeza só quanto as serras de Baturité, Aratanha, Maranguape, mangue e litoral. Ficam dúvidas quanto a abrangência das Serras de Meruoca e Ibiapaba.

O mapeamento a ser realizado nos próximos meses será importante nesse sentido e também para pontuar os locais que precisam de projetos de recuperação de mata nativa. No caso do Ceará, a devastação aconteceu, principalmente, pela prática da pecuária extensiva e do plantio de café, hoje substituídos pelo cultivo da banana e outras culturas de ciclo curto. Outros fatores foram a ocupação do litoral e a utilização dos mangues.

PROJETOS - Para reverter o processo de degradação ambiental em área de Mata Atlântica, estão sendo desenvolvidos projetos para ensinar o agricultor a aproveitar o solo ao mesmo tempo que conserva. A idéia é aproveitar frutas e grãos da própria região. Os cooperados estão aprendendo a diversificar os produtos finais, através do manejo adequado dos recursos naturais.

Com recursos do Fundo Nacional do Meio Ambiente, nos próximos quatro anos famílias de agricultores de 11 municípios, todos localizados em área de Mata Atlântica, vão ser capacitados para este tipo de uso sustentável. São dois projetos no Maciço de Baturité, quatro na Serra de Meruoca e cinco na Serra de Ibiapaba.

Outro projeto está começando a ser desenvolvido em dois assentamentos em Mulungu, na Maciço do Baturité, com 100 famílias de agricultores.

A Semace é parceira neste projeto que é piloto e será levado para outras regiões do Estado. A coordenadora florestal, Teresa Faria, diz que o envolvimento dos agricultores é certo, pois eles precisam aumentar a produtividade e estão abertos para aprender novas tecnologias de manejo.

fonte: Diario do nordeste 01 de junho

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