de eucalipto em Itamarandina, MG. (1.908,41 Kb)
Muller,M.D. Universidade Federal de Viçosa, 2005.
O endereço para consulta é http://www.ipef.br/servicos/teses/?Id=131
biomassa de eucalipto para a geração de energia elétrica distribuída, por
meio da simulação de um projeto piloto de reflorestamento com eucalipto. Foi
implantado um experimento em áreas da ACESITA energética, no município de
Itamarandiba, MG, utilizando o delineamento experimental em blocos ao acaso
(3 repetições), no esquema de parcelas subdivididas (“Split Plot in time”).
As parcelas foram constituídas por 5 espaçamentos iniciais de plantio e a
subparcela, pelas épocas de medição (6, 12, 18 e 24 meses). A partir dos
dados de produção em biomassa/hectare foi calculada a área necessária para
atender a três plantas com diferentes capacidades instaladas (1MW, 5MW e
10MW). Para avaliação da viabilidade econômica, foram considerados os custos
de implantação, manutenção e colheita por hectare, para cada espaçamento,
nos três diferentes cenários. Em seguida foi realizada uma projeção de
receitas com a comercialização de créditos de carbono. Foram estimados o
VPL, o B(C)PE , a relação B/C e a TIR para a avaliação dos tratamentos. A
fim de avaliar os aspectos ambientais relacionados com o sistema de manejo
adotado, foram realizadas análises químicas para a determinação da
quantidade de nutrientes alocados nos diversos compartimentos das árvores
(copa, fuste madeira + casca). A área de plantio necessária para atender a
cada planta apresentou relação inversa com a densidade de plantio. A
produção de eletricidade, nas condições específicas deste trabalho, se
mostrou viável para os espaçamentos 3,0x0,5 e 3,0x1,0 em diferentes taxas de
juros e para o espaçamento 3,0x1,5 na taxa de juros de 8%. Quando
considerada a receita adicional proveniente da comercialização de créditos
de carbono, observou-se um acréscimo da atratividade dos espaçamentos
estudados, tornando viáveis os espaçamentos 3,0x1,5 e 3,0x2,0 (este último
sendo viável somente para as taxas de juros de 8 e 10%). Com relação ao
balanço nutricional da exploração da floresta aos 24 meses de idade, em
todos os casos, observou-se que, 21 a 23% dos nutrientes estão alocados na
copa, 63 a 67% estão alocados na casca e 11 a 16% estão alocados no lenho. A
exploração florestal aos 24 meses de idade tem maior impacto, principalmente
na exportação de P, Ca, Mg e K (em menor proporção) que apresentam maiores
concentrações na casca (93,82%, 90,81%, 96,97% e 42,5% respectivamente).
Considerando o balanço nutricional, a necessidade de reposição de nutrientes
devido à exploração, foi inversamente proporcional à densidade de plantio.
Considerando o sistema de exploração da madeira sem a casca a necessidade de
reposição nutricional via fertilização é drasticamente reduzida em função do
retorno proporcionado pela manutenção da biomassa de copa e da casca no
sítio florestal. Isto se constitui e um indicativo de que a silvicultura com
eucalipto representa um importante meio de produção de biomassa como insumo
para a geração elétrica distribuída.
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