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Dourados pode ter a primeira certificadora de orgânicos

 

Dourados poderá ter a sua primeira certificadora de produtos orgânicos de Mato Grosso do Sul. A proposta foi discutida ontem, no auditório da Embrapa, entre os produtores da região e instituições públicas, privadas e entidades civis durante a realização do seminário "A Certificação da Produção Orgânica", realizada pela Associação de Produtores Orgânicos de Mato Grosso do Sul (APOMS), com o apoio da FAD/UNIDERP, Embrapa Agropecuária Oeste e Idaterra.

Atualmente, mais de 26 produtores fazem parte da Associação que também compõem o Núcleo de Agroecologia, fórum informal criado para viabilizar o sistema no Estado e que congrega agricultores, representantes de entidades civis, instituições públicas e privadas e consumidores para articular e organizar as discussões acerca dos processos que envolvem a produção.

Uma das principais dificuldades na comercialização dos produtos é a necessidade de certificação, que dá credibilidade aos produtos orgânicos.

Atualmente, esse processo ainda depende de certificadoras de outros Estados, o que tem elevados os custos para os produtores.

O momento de se criar uma certificadora é favorável. Para o chefe geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Mário Urchei, existe a necessidade de certificação para consolidar ações concretas relativas à produção. "A certificação é um dos componentes mais importantes desse processo.

Precisamos trocar experiências, desenvolver pesquisas, garantir a comercialização dos produtos e abrir linhas de financiamento para a produção, proposta que já foi levada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário", explicou Mário Urchei. Ele lembrou que a idéia é de se criar uma certificadora "participativa", tendo como principal membro os próprios agricultores. "Nós, representantes de entidades e instituições públicas e privadas seríamos grandes parceiros desses produtores".

Segundo o especialista em Agroecologia e professor da FAD/UNIDERP, Milton Parron Padovan, é preciso estruturar os sistemas próprios de certificação dos produtos orgânicos em Mato Grosso do Sul de forma dinâmica, a custos acessíveis, com intuito de oferecer suporte para o desenvolvimento da atividade, principalmente aos pequenos agricultores, visando sua credibilidade no mercado. "

fonte: Diario do MS em 25-05-2004

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