“Há cada vez mais provas sólidas de que as pessoas e as comunidades só podem prosperar quando têm acesso à natureza”, declarou Robbie Blake, da organização Friends of the Earth, que encomendou parte do trabalho.
Para realizar o relatório, a equipa de 11 investigadores analisou, durante um ano, mais de 200 estudos académicos sobre a natureza, a saúde e o bem-estar. Entre estes, contavam-se diversos trabalhos que expunham uma ligação indissociável entre o acesso a zonas naturais e a desigualdade da distribuição dos rendimentos e da riqueza, já que as comunidades desfavorecidas costumam ter menos ambientes naturais nas suas proximidades. De acordo com estes estudos, em Inglaterra, 26% das minorias étnicas visitam zonas naturais menos de três vezes por ano.
“Todos nós precisamos da natureza nas nossas vidas, ela dá-nos liberdade e ajuda-nos a viver com saúde; no entanto, as comunidades desfavorecidas estão sistematicamente isoladas da natureza nas suas áreas envolventes e isso é sufocante para o seu bem-estar”, contou Robbie Blak ao The Guardian.
"[Estes dados] deveriam inspirar-nos a trabalhar em conjunto para que todos os europeus tenham zonas naturais a menos de 300 metros de distância das suas casas, nos próximos 10 anos", disse Patrick ten Brink, director do IEEP, louvando cidades como Oslo e Victoria-Gasteiz pelo seu trabalho para tornar a natureza acessível a todos.
Outros estudos têm revelado a importância das árvores para as cidades. Para além do embelezamento visual, o arvoredo urbano retém a água da chuva, contribui para a valorização dos imóveis, para uma melhor saúde mental e pode mesmo chegar a salvar vidas.
Fonte:The Uniplanet em 04-04-2017
Leia Mais: