Desta vez, o entrevistado foi Maurel Behling, engenheiro agrônomo, mestre em ciências do solo e doutor em solos e nutrição de plantas. O pesquisador da unidade da Embrapa ponderou que os produtores que buscam os sistemas de integração devem estar atentos às demandas do mercado regional para direcionar a sua produção, seja para o componente carne, grãos ou madeira, priorizando cada um conforme a configuração de indústrias e comércios que cercam a fazenda.
Em um dos experimentos da Embrapa Agrossilvipastoril, realizado em conjunto com o Imea, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, que valida os indicadores dos sistemas integrados, o pesquisador afirmou que o esforço vale a pena. Ao fim do primeiro ciclo da pesquisa, que durou quatro anos, a produtividade da pecuária, com animais que receberam 0,1% do peso vivo de suplementação, chegou a 30 arrobas por hectare ao ano, quase oito vezes superior à média do Mato Grosso, que é de 4@/ha/ano. “Em termos de lucratividade, o retorno para o produtor é interessante e aí vem justamente o ponto do componente florestal. Se eu não tenho um valor agregado no componente florestal, esse índice de lucratividade não é tão interessante”, salientou, reforçando que é essencial ter conhecimento do mercado em que a fazenda está inserida.
Outra característica da ILPF é que o desenvolvimento do componente florestal no sistema é mais veloz do que em operações tradicionais, um ponto de atenção para os produtores programarem desbastes e outros manejos característicos da cultura, ressaltou Maurel. O pesquisador exemplificou dizendo que, em produção convencional, o corte da teca é feito com 20 anos, enquanto na integração, o corte é antecipado para 18 anos.
Fonte:Giro do Boi em
24 janeiro 2019
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