Cáceres (Fase), e responsável pela troca de sementes no evento, o objetivo foi mais do que alcançado. “Conseguimos distribuir sementes para todos os participantes, muitas pessoas relataram que estão levando o ERA na sacola e que os frutos desse trabalho serão as futuras árvores e plantações”, disse.
Mas aqueles que não trouxeram sementes, uma boa notícia: para dar continuidade a este trabalho será criado e disponibilizado um banco de sementes na internet. Por enquanto o que está sendo feito é um mapeamento, que irá aumentar a qualidade das variedades de sementes crioulas.
Um exemplo dessa troca para diversificação e fortalecimento das sementes crioulas é a produtora rural Cira Neves, presidente da associação de mulheres do assentamento Campo Limpo, que trouxe sementes de gergelim e café e levou para casa sementes de feijão carioca e cara suja. “Foi muito bom porque tivemos a oportunidade de trocar informações. Espero que haja mais eventos como este”, relatou.
Hoje apenas pequenos produtores trabalham com as sementes tradicionais ou crioulas, já que as industrializadas já tomam conta do mercado. Entre os principais benefícios de se trabalhar com as sementes tradicionais está o fato de se usar menor quantidade de agrotóxicos, e uma maior resistência ao ataque de pragas.
Apesar de já trabalhar nos moldes da agroecologia a produtora rural maranhense Sebastiana Siqueira, disse que participar do ERA foi para ela um incentivo. “Foi ótimo porque encontramos pessoas de todos os estados que têm o mesmo objetivo, e isso reforçou nossas intenções. Saio daqui animada”, avisou.
A principal semente oferecida na troca foi o milho, das mais variadas espécies entre o tradicional, caiano, maça e asteca.
Fonte – 24 Horas News, MT, 03/10/2004
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