A Comissão Pastoral da Terra (CPT-AL) vem, através desta, REPUDIAR veementemente a manifestação pública, fascista e discriminatória do Responsável pelo Programa FOME ZERO, Dr. José Graziano, no encontro com empresários, na sede da FIESP, no dia 07 de fevereiro.A Constituição Federal, em seu art. 3º, inciso IV, afirma que é objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, e em seu art. 5º assegura a igualdade entre brasileiros e estrangeiros residentes no país, sem distinção de qualquer natureza.
É extremamente lamentável que o Dr. Graziano, em seu pronunciamento tenha afirmado que os nordestinos ao se destinarem ao sul do País, a procura de emprego, caminham para a marginalidade.
Esta declaração seria inaceitável em qualquer governo, mais ainda, no governo Lula, pois o PT vem construindo uma trajetória política justamente oposta, lutando contra preconceitos e discriminações.
Ao manifestar tal discriminação o Dr. José Graziano rasga a Constituição e atinge fundo a alma de todos os nordestinos e, sobretudo, a alma do nosso Presidente, que é nordestino, retirante da seca e que lutou muito, junto com sua mãe e seus irmãos para chegar onde chegou, sem matar, nem roubar.
Talvez o Dr. Graziano não saiba, mas é preciso que se diga, que a dicotomia entre pobres e ricos, poderosos e marginais, incluídos e excluídos, não é criação nordestina, mas sim de um modelo econômico, chamado capitalismo, sob o signo do qual o PT nasceu, mas nasceu para combatê-lo.
É por isso, que se faz urgente uma retratação pública, pois que o inexplicável não pode ser justificado e nem aceito como um erro ou algo normal, pois já é tempo de banirmos de nosso meio qualquer manifestação atentatória ao princípio da igualdade.
Este tipo de atitude a sociedade brasileira REPUDIA e, sobretudo, os NORDESTINOS. Para manifestações deste quilate a nossa TOLERÂNCIA é ZERO
Maceió, 10 de fevereiro de 2003
Leia Mais: