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Manifesto Agroecológico



Por defendermos um modelo de agricultura que resgate o sentido sintrópico da existência humana e o desenvolvimento dos agroecossistemas, fora de uma lógica newtoniana, analítica e entrópica, nos abstraímos a reprodução do atual modelo agrário e agrícola que nos é oferecido dia-a-dia nas nossas faculdades. 

Por acreditarmos nos verdadeiros valores da vida, entendida como fluxo contínuo de energia, no qual homem e ambiente fazem parte de um e complexificado sistema em expansão, onde cada Ser possui uma função orgânica específica a qual deva ser desempenhada com o máximo de otimização, nos negamos a consentir silenciosos tais práticas destruidoras para o desenvolvimento dos Agroecossistemas.

Por termos claro que é viável a produção em bases agroecológicas, de que somente assim estaremos contribuindo para um mundo melhor e mais justo, conosco e com os outros indivíduos, nos opomos a admitir que somente através da convencionabilidade da agricultura moderna estaremos ajudando nossos irmãos a saírem da condição de miseráveis,

Por nos opormos claramente ao pensamento tecnicista, que prega uma modelo de produção e consuma dentro de uma lógica mercadológica, excludente e destruidora dos reais valores sócio-ambientais, defendemos um modelo desenvolvimentista sistêmico em busca da verdadeira Sociedade Sustentável.

Por acreditarmos num modelo de reforma agrária com sustentabilidade, retificamos a necessidade de um modelo mais justo no campo, onde homens e mulheres sejam respeitados e seus direitos consentidos, pois, somente assim teremos condições objetivas para atingirmos o verdadeiro desenvolvimento agrário e agrícola da nossa sociedade.

Por entendermos que o atual modelo científico-pedagógico, adotado por nossas escolas, somente contribuem para práticas cada vez mais perversas, nos declaramos subversivos a essa "ordem" limitante que descomplexifica as relações sócio-ambientais.

Por vislumbrarmos que há uma crise ambiental global e conseqüentemente uma crise civilizatória, onde uma total falta de paradigmas é a principal conseqüência das relações destorcidas, promovidas pelo individualismo, consumismo e conformismo humano, retificamos a AGROECOLOGIA como única forma de relação harmônica entre homens e a natureza e que a vida possa ser a razão de Ser do nosso planeta.

GRUPO AGROECOLÓGICO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA - NOV/2000

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