Rio de Janeiro, 03 de junho de 2005.
Nós, Educadoras e Educadores Ambientais presentes no Congresso Ibero
Americano sobre Desenvolvimento Sustentável (Sustentável 2005)
no Rio de Janeiro, nos dias 31 de maio - 02 de junho, em que foi lançado
oficialmente pela UNESCO na América Latina a "Década
da Educação para o Desenvolvimento Sustentável",
vimos manifestar e conclamar a adesão de outros educadores a afirmar
a nossa identidade com uma discussão histórica a respeito
da Educação Ambiental, de mais de 30 anos, no que se refere
aos seus princípios, objetivos e diretrizes, com sentidos construídos
no embate deste processo.
Desta forma manifestamos o nosso estranhamento sobre os seguintes pontos desta proposta da UNESCO:
- a substituição do atributo político "ambiental" da educação para uma orientação econômica do "desenvolvimento sustentável", num evocativo evolucionista como se Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS) fosse uma evolução natural de uma Educação Ambiental (EA)superada e ineficaz;
- a indicação funcionalista e finalista da visão de Educação quando a coloca para alguma coisa (Educação para o Desesnvolvimento Sustentável), ainda mais sendo esse o desenvolvimento sustentável, conceito/noção ainda sem um sentido claro e bastante criticado por quem acredita que nessa idéia cabe a manutenção da racionalidade economicista/desenvolvimentista, um dos pilares da crise socioambiental da atualidade;
- a orientação da educação como mero instrumento da visão desenvolvimentista por um período de dez anos, quando reconhecemos que necessitamos de uma educação livre e autônoma por um processo permanente;
- o tratamento impositivo da proposta que veio a desconsiderar (e pouco consultar) toda uma tradição desta discussão na América Latina (AL), com a construção de referenciais teóricos de uma Educação Ambiental crítica, emancipatória, transformadora, herdeira de uma discussão anterior e contemporânea extremamente forte na AL sobre Educação Popular. Também como reflexo deste tratamento à marcação de uma década, referência temporal da sociedade moderna ocidentalizada, desconsiderando as referências temporais de outras culturas, como as orientais, mulçumanas, judaica, indígenas, entre outras.
Sendo assim, assinam esse manifesto educadores ambientais que desejam afirmar sua identidade com a Educação Ambiental.
Nome completo / Identidade / Estado e país / endereço eletrônico
1. Michèle Sato RG 8 377 447 SSP-SP Mato Grosso, BR [email protected]
2. Mauro Guimarães 04701574-8 IFP/RJ Rio de Janeiro, BR [email protected]
3. João Carlos Gomes RG 200 867 - SSP-MT Mato Grosso, BR [email protected]
4. Rodolfo Salm RG 09875019-3 São Paulo, BR [email protected]
5. Marina Strachman RG 12557015 SSP São Paulo, BR [email protected]
6. Maria da Graça Costa de Melo / RG n° 1.392.709 SSP/PE / Sergipe - Brasil / [email protected]
7. Antonio Minoru Cabarl Suzuki / RG nº 1.179.243 SSP/SE / Sergipe - Brasil / [email protected] / [email protected]
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