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A Produção Orgânica vai Alimentar o Mundo

 

Entrevista com o Eng. Fendel sobre Biocombustiveis: libertando o Planeta da Poluição e da Macroelitização do Setor de transportes

Hoje temos três grandes frentes de democratização da economia mundial que formam uma direção segura de desenvolvimento sustentável e justiça social: a agroecologia x multicionalização agroquimica da produção de alimentos; o incremento dos softwares livres x monopólios do setor da informática mundial; e a produção de biocombustíveis x oligopólios imensos do setor petroquímico, ou seja uma grande, oportuna e conflituosa competição entre criativos Beija-Flores x Dinossauros gigantescos

A evolução dos biocombustiveis, da energia elétrica e solar e das células de hidrogênio no setor de transporte automotor foram temas de uma visita do engenheiro mecânico Thomas Renatus Fendel com seu sócio em nossa sub-sede do Instituto Anima em Florianópolis, onde as partes mais interessantes da entrevista estão relatadas abaixo :

P - Seu projeto se diferencia dos demais por que não usa biodiesel ou derivados do petróleo?

R – Exatamente, utilizamos óleos naturais vegetais e óleos de resíduos vegetais; de soja, mamona, girassol, algodão, babaçu, dendê para combustível de veículos .

P - O que é necessário para fazer funcionar um motor a óleo vegetal?

F – A aquisição de um kit que consiste de um sistema elétrico , um aquecedor de água quente, filtros, tubos e bicos injetores , que originalmente foi desenvolvido por uma empresa chamada Elsbertt da Alemanha. Nós importamos esta tecnologia e adaptamos para a realidade dos automóveis no Brasil . Importante: O motor tem que ser do ciclo diesel.

P – Quais as vantagens ecológicas deste sistema comparado aos demais?

F – Não polui como os outros, e pode-se utilizar um catalisador não usado nos motores a diesel . Ou seja, os níveis de emissões são muito menores, e não se consome nada vindo do petróleo . Assim ocorre o real sequestro de carbono da atmosfera, pois a quantidade de gás carbônico emitido pelo escapamento de um motor a bioenergia é muito menor do que o CO2 captado pelos correspondentes vegetais em crescimento, através da maravilhosa e graciosa fotossíntese.


P – Então podemos ter uma independência do cidadão aos esquemas imensos relacionados ao parque petroquímico mundial?


R – Isto é importante, pode ser identificado como uma libertação da sociedade e a busca de uma maior autonomia, não sabemos quem planejou os sistemas industriais que temos hoje, altamente concentradores de renda, mas com certeza o criador do automóvel e do diesel, que adotaram seu próprio nome, não almejava ver esta situação de tanta concentração de renda que temos . Aliás os primeiros motores do Alemão Rudolf Diesel funcionavam com óleo de amendoim em 1897, pois não existia o óleo diesel, que foi inventado anos depois.


P – Quando faz frio o motor pega numa boa?

R – Este kit que resolve a questão, e uma outra opção é usa r o diesel que fica em outro tanque no próprio veiculo para fazer o aquecimento inicial . O óleo para funcionar deve permanecer a temperatura de 90 graus centígrados e pressão de 180 bar .


P – O Proalcool pode ser substituído por este tipo de proposta de óleos combustíveis?

R - Não. O álcool é um irmão do óleo vegetal. Ambos são bioenergias. Ambos são renováveis e definitivos.

P – Quais as vantagens do óleo vegetal?

R – A eficiência de um motor movido a óleo vegetal é bem maior e o desgaste menor: O custo do litro hoje do óleo vegetal de frituras está em 10 centavos . Devemos filtrar este óleo usado , e na maioria dos casos pode ser usado diretamente no tanque do veículo adaptado , e podemos rodar acima de 20 km por litro de óleo num automóvel do tipo Palio ou Fiesta.


P – Quanto custa adicionar ao veiculo diesel o kit do biocombustível?

R – Para veículos pequenos cerca de R$ - 2.000.00, para pickups R$ - 3.000.00 e para caminhões R$ - 4.000.00.

P – Para agricultores e seus tratores este sistema pode ser o ideal, pois podem plantar o óleo e colocar em suas máquinas?

R – Estudamos a elaboração de um sistema específico para adicionar os óleos nos tratores e máquinas agrícolas. Mas para isso estamos buscando construir uma pequena fábrica e a captação de uma quantidade maior de óleo que ainda é algo difícil de se encontrar nas zonas produtoras de alimentos como a de soja. Necessitamos buscar apoio, novos sócios que possuam interesse e capital, novas fontes de conhecimento e pesquisa cientifica para testarmos a eficiência dos óleos, a qualidade de seu refinamento, para chegarmos num ponto adequado ou ideal ou mais seguro para podermos expandir e realmente construir um bom negócio para todos nós, que pode ajudar a salvar a ecologia mundial e o clima da Terra .

P – Como assim?

R – Imagine que poderemos ter sistemas agroflorestais com o plantio de árvores que produzem óleos naturais de alta qualidade como a carnaúba, o dendê, a copaíba, andiroba, bacaba, pinheiros, pinus, eucaliptos, alem de grãos e adubos verdes. Irão seqüestrar o carbono excessivo da atmosfera, e na sua queima dentro do motor poderão produzir menos gases tóxicos .

P – Tudo isso possui apoio de algum órgão especifico, alguma parceria ou fonte de financiamento?

R – A principio temos apoio de pesquisadores isolados, mas estamos elaborando um projeto para se enviado ao MCT


P – Não seria o caso de pedir parceria para as industrias do setor automobilístico?


R - Claro, estamos abertos a todo tipo de parceria. O nosso negócio é lucrativo e bom prá todo mundo, em todos os aspectos. Na verdade estamos tratando da salvação do mundo, estamos criando o contrário do efeito estufa, estamos gerando o efeito geladeira, a reversão de 200 anos de uso de combustíveis fósseis que estão emporcalhando a nossa atmosfera.


P – Por que o Sr. não valoriza os veículos a células de hidrogênio ou de energia solar ou elétrica?


R - Olha isso tudo é piada. Serve apenas para dar continuidade ao colonialismo. Não tem cabimento fabricar hidrogênio. Ele não existe solto na natureza. Gasta-se muito mais energia para produzir hidrogênio do que a energia obtida. É uma grande mentira dizer que o H2 é limpo. Atualmente gastam-se 15 kWh de sujo carvão mineral para produzir apenas 1 kWh elétrico com hidrogênio. Não tem fundamento técnico. É apenas mais um meio de manter escravizada e dependente a nossa bela nação. O quanto antes pararmos de investir neste conto de fadas, melhor. Temos aqui os maravilhosos biocombustíveis. O mundo inteiro está correndo atrás do etanol e dos óleos vegetais. E quem tem sol somos nós. Nós estamos no único país tropical lambuzado de água. Aqui a vida vegetal cresce como se fosse praga. Temos que dar mais e real valor aos nossos vegetais.


P – Para terminar, quem estiver interessado pode solicitar seu kit e os óleos, você tem óleo em estoque para expandir as vendas dos kits?


R – Eu fabrico os kits e ensino os macetes para o uso do óleo vegetal. Eu quero que os carrinheiros juntem o óleo das casas. Que eles vendam o óleo filtrado numa cooperativa. Que os agricultores se juntem e façam seu óleo e vendam o excedente nas cidades. Que paremos de exportar grãos de soja a preços ridículos. Vamos exportar produtos com valor agregado, farelo, hamburguer, coxa de galinha e deixar o óleo vegetal aqui para nós mesmos.

P – Estás aceitando sócios para este negócio?


R- Claro: A coisa é tão grande, que tem para todo mundo, e quanto antes, melhor.


P – Perguntas elaboradas por Mauro Schorr– Coordenador do Instituto Anima de Cultura e Desenvolvimento Sustentável – 041 – 91852553 – E-mail: [email protected]; [email protected];


R – Respostas realizadas por Thomas Renatus Fendel – Engenheiro mecânico responsável pela empresa Fendel Tecnologia – Fone 047 – 99862783 – E-mail : [email protected] ; www.fendel.cjb.net;

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