Através da pesquisa aplicada, o projeto ambiciona unir o potencial de recursos naturais com iniciativas desenvolvimentistas concretas.
O projeto \"Carbono Amapá\", aprovado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), é executado na Floresta Estadual (Flota) em parceria com o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), sob orientação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), sendo 100% custeados com recursos do Governo do Estado.
Após estudos significativos, observou-se que as florestas quando retiradas para o uso alternativo do solo são fontes de gases de efeito estufa e que, se manejadas corretamente ou preservadas são sumidouros de carbono.
Diante dessas informações, foi criado o Projeto Carbono Amapá/REDD (Redução de Emissões para Desmatamento e Degradação), que através da pesquisa aplicada, ambiciona unir o potencial de recursos naturais do Estado com iniciativas desenvolvimentistas concretas.
De acordo com estudos da Coordenadoria Técnica Florestal (CTF) do IEF, o levantamento de carbono na área da Flota foi estimado em 174,22 toneladas de carbono por hectare, nos municípios de Oiapoque e Calçoene. Como a área destinada a serviços
ambientais possui aproximadamente 960 milhões de hectares, compreendida entre os dois municípios, estima-se que o local possua 169 milhões de toneladas de carbono.
Foi principalmente em função de o Amapá possuir 97% de sua cobertura vegetal intacta que surgiu o desenvolvimento do Projeto Carbono Amapá. Sua função é quantificar os estoques de carbono da Floresta Estadual, estudar e avaliar as potencialidades dos recursos naturais da nossa região para que haja iniciativas desenvolvimentistas racionais concretas. Portanto, é de fundamental importância que os recursos naturais sejam utilizados de acordo com princípios técnicos eficientes, visando
principalmente contemplar questões sociais, econômicas e ecológicas.
A Floresta do Amapá abrange áreas dos municípios de Serra do Navio, Pedra Branca do Amapari, Porto Grande, Mazagão, Ferreira Gomes, Tartarugalzinho, Pracuúba, Amapá, Calçoene e Oiapoque. Nesses locais é visado o uso sustentável mediante uma exploração dos recursos naturais renováveis e não renováveis, garantindo uma perenidade dos recursos ambientais e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável.
O projeto envolve três fases distintas: alometria com coleta de dados (cálculo do crescimento da biomassa), acima do solo e de raízes, análise laboratorial das amostras inventariadas e a elaboração de um relatório final com a construção da equação que estime uma quantidade de carbono que a Floresta Estadual do Amapá consegue absorver.
Fonte Site Correa Neto em por CCS em 21 Janeiro, 2011 - 12:01 por Lilian Guimarães
Leia Mais: