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Projeto da UFRGS irá utilizar combustível renovável para alimentar fornos

energia

Objetivo é utilizar cada vez mais combustíveis alternativos para a injecção de altos fornos de uma empresa privada, na região de Santa Catarina.

 


O projeto SIMob - Sistemas Inteligentes de Mobilidade, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), assinou no último de 14 de dezembro o primeiro contrato de iniciativa privada que tem como foco a produção renovável de biocombustíveis.

 

Chamado de “Uso de biocombustíveis e resíduos visando à redução das emissões de CO2 na produção de aço para indústria automotiva”, o projeto tem como foco a produção de sistemas inteligentes de mobilidade, onde o objetivo principal consiste em avaliar o uso de combustíveis alternativos como pneu inservível e carvão vegetal para injeção em altos-fornos da empresa ArcelorMittal, localizada em Tubarão, Santa Catarina.

 

Em nota, Marcelo Lubaszewski, coordenador do SIMob, explica que o contrato firmado com a empresa catarinense vai contribuir com as ações renováveis e só aconteceu devido o projeto fazer parte da unidade de inovação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Ainda de acordo com ele, o projeto foi assinado em tempo recorde devido às facilidades desenvolvidas pela Embrapii.

 

“Para a execução do projeto, haverá um aporte total de R$ 450 mil, que segue o modelo convencional da Embrapii de participação de 1/3 de cada uma das partes: Embrapii e Empresa entrarão com R$150 mil em aportes financeiros cada uma, e a SIMob entrará com R$150 mil de contrapartida econômica” destacou ele.

 

Ainda em nota, Lubaszewski explicou que o projeto é desenvolvido por Eduardo Osório, pesquisador-chefe e professor do Laboratório de Siderurgia -LaSid/UFRGS e que propõe a utilização de um equipamento chamado de simulador físico da zona de combustão, desenvolvido pelo laboratório no qual é possível comparar diferentes combustíveis sólidos em termos de combustibilidade e comportamento da pressão durante a combustão.

 

O especialista ressalta ainda que 23,3 milhões de toneladas de carvão mineral são consumidos no Brasil e que o objetivo é reduzir consideravelmente estas emissões, visto que o uso de biomassa e pneu inservível podem ser alternativas para substituição parcial do carvão mineral injetado nas ventaneiras dos altos-fornos, a fim de diminuir as emissões de CO2 na siderurgia.

 

“Para além dos ganhos ambientais, esses materiais podem também representar ganhos econômicos, em razão da possibilidade de redução da dependência integral do uso do carvão mineral importado na siderurgia e do potencial brasileiro no fornecimento desses combustíveis", destacou a UFRGS.


Fonte: Portal Biomassa BR em 30-12-2021

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