Jéssika Luane SILVA¹; Danilo I. de URZEDO¹; Lucas B. VIÉGAS¹; Juliana V. FLORENZANO¹; Fátima C. M. PIÑA-RODRIGUES²; Eliana Cardoso LEITE³; Edgar Alves da COSTA Jr.4 1 Discente do curso de Engenharia Florestal na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) - campus Sorocaba, Brasil
2Professora Dra. da UFSCAR - campus Sorocaba, Brasil e coordenadora do
projeto
³Professora Dra. da UFSCAR - campus Sorocaba, Brasil
4Coordenador técnico das atividades de campo do projeto e executor da
atividade
Resumo
A experiência extensionista deve ser tratada como uma oportunidade de construção de
conhecimento compartilhado, sem pré-conceitos ou análise pré-estabelecida, em busca do
desenvolvimento de análise crítica e reflexão da vida cotidiana e suas adversidades na
formação de uma visão além da sala de aula (SOUZA, 2004).
No projeto de extensão "SemeArte: Semeando Arte e Ação", esse elo foi estabelecido envolvendo em ações conjuntas dos alunos de graduação em Engenharia Florestal da UFSCar Campus Sorocaba, com o Projeto "Agrofloresta: produzir e conservar" e a comunidade de produtores rurais assentados da FloNa Ipanema, unidade de conservação de manejo sustentável localizada na região Sudeste do Estado de São Paulo, Brasil (MMA, 2003). As ações participativas foram voltadas à construção de atividades alternativas de geração de trabalho e renda através de artesanato com utilização de produtos florestais não-madeireiros, na busca por um modelo de desenvolvimento rural sustentável da comunidade, além de discussões acerca da preservação ambiental adequada às normas e leis estabelecidas para o tipo de Unidade de Conservação. Para tanto, em todas as etapas considerou-se o conhecimento local em busca de potencialidades e recursos favoráveis da comunidade, possibilitando adequação ao tipo de linguagem e desenvolvimento de ferramentas educativas passíveis de ser aplicadas para maior eficácia nas intervenções. A partir disto, foram realizadas atividades de nivelamento interno dos integrantes do projeto, sempre com foco nas necessidades específicas da comunidade-alvo para construção e elaboração das atividades a serem propostas, utilizando-se de diagnósticos sociais e participativos para conhecimento da realidade e histórico do assentamento. Além disto, foram realizadas oficinas voltadas à capacitação em ferramentas de comunicação, ferramentas participativas, dinâmicas de recreação, elaboração de entrevista semi-estruturada e diagnóstico participativo. Deste modo, observou-se que os conhecimentos e saberes locais somados aos conhecimentos acadêmicos podem facilitar toda uma atividade, como a implementação de um sistema agroflorestal e atividades artesanais, e através de capacitação e extensão rural, há o estímulo da capacidade criativa na inovação da produção e na busca de alternativas sustentáveis de ambas as comunidades envolvidas. Esta integração de conhecimento empírico e científico justifica-se através do ganho inestimável de vivência e troca de saberes, por meio de um processo adequado à comunidadealvo e formação de estudantes - futuros extensionistas - capacitados. Tal elo favorece e estimula o processo de inclusão social das comunidades no meio científico, ao modo que atua na formação acadêmica diferenciada dos jovens universitários, os quais somam uma aprendizagem vivenciada e iniciam sua atuação nos diversos setores da sociedade.
Palavras chave: <entretenimento>; <ferramentas participativas>; <agro ecologia>; <capacitação >
Leia Mais: