Veja os projetos de reciclagem que estão fazendo sucesso em Santa Catarina.
"Um cafezinho!" - é o que mais se ouve na lanchonete da universidade. Mas a indústria está interessada mesmo é no pó que acabou de ser usado. Toda semana, cerca de 40 quilos do produto são levados para a linha de produção, onde a borra do café é usada como corante natural.
Assim a indústria respeita o meio ambiente sem perder o foco da moda. É que a borra do café confere às roupas um aspecto envelhecido, uma tendência das passarelas, e ainda deixa um sutil aroma de café nas peças.
E é um cheirinho que também chama a atenção por onde o trator passa. Cheirinho de fritura. O combustível usado no veículo um dia já foi óleo de cozinha. O produto é coletado em bares e restaurantes e levado para uma pequena usina onde recebe aditivose vira biocombustível.
A usina foi idealizada numa universidade e trazida a pedido da associação de moradores da Praia da Pinheira, em uma cidade vizinha a Florianópolis.
Satisfação é o que relata Nilo da Silva, um dos primeiros pescadores da vila a utilizar o biodiesel. Mais da metade dos R$ 1.500 que ele ganhava por mês vendendo peixe ia para pagar o diesel do barco. O custo do novo produto é 60% menor. "Hoje nós precisamos que o turista venha comer o peixe, que é para ter o óleo para nos levar de volta para buscar o peixe."
O mar também inspirou outro projeto criativo em favor do meio ambiente. Aproveitar as cascas de ostras e mariscos para fazer blocos de construção.
Quase toda a produção de ostras do país sai destas baías ao redor de Florianópolis. E é aqui na principal avenida da cidade, que qualquer pessoa pode comprovar a eficiência destas cascas: caminhando sobre o novo calçamento, feito com os blocos ecológicos.
"Esse aqui eu vou substituir a areia média que é o maiorzinho. Este eu vou substituir a areia fina que ele é menor. O percentual de cimento diminui quando a gente acrescenta o resíduo", explica Bernadete Batista, engenheira ambiental.
Santa Catarina produz 12 mil toneladas de ostras e mariscos por ano. Com uma tonelada de cascas são feitos quatro mil blocos,
o suficiente para construir uma casa de 120 metros quadrados como de Zilda. "No começo a gente achou que não podia ser verdade. Mas agora a gente vê que ela está ali. Não deu problema nenhum, não tem nenhuma rachadura", comenta Zilda Iorgensen,dona de casa.
A inventora garante que eles são 30% mais resistentes que o bloco convencional e absorvem menos água. Soluções para toneladas de lixo que viraram grandes negócios.
Fonte: Jornal Floripa em 08-01-2011
Leia Mais: