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Biocarvão com dejetos de galinha e de palha de cana reduz impacto ambiental

Nesta edição de “Os Novos Cientistas”, a engenheira agrônoma Sarah Vieira Novais fala sobre seu estudo em que foram desenvolvidos biochars (biocarvão) a partir de compostos com dejetos de galinha e palha de cana-de-açúcar.

Em sua pesquisa de doutorado realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, Sarah mostrou que os biochars são capazes de mitigar os impactos ambientais, como a emissão de gases de efeito estufa, e recuperar águas residuárias ocasionadas pela elevada concentração de fósforo, entre outras aplicações.

Os biochars resultam de um material que antes se caracterizava como problema ambiental. Eles foram aplicados em águas eutrofizadas ou residuárias e o experimento se mostrou viável, não só em razão da adsorção de fósforo, mas também de sulfatos e, em menor proporção, nitratos e cloretos.

Segundo Sarah, “ambos os biochars não teriam capacidade de adsorção [retenção] do fósforo sem passar por modificação química”. Para conferir tal propriedade ao biocarvão, permitindo seus diferentes usos, foi realizado um processo denominado dopagem, utilizando magnésio ou alumínio.

Assim, os biochars de dejeto de galinha e palha de cana-de-açúcar se mostram excelentes para a recuperação de águas e posterior reúso na agricultura. A tese de Sarah Vieira Novais, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Solos e Nutrição de Plantas da Esalq, sob orientação do professor Carlos Eduardo Pellegrino Cerri, foi defendida em janeiro deste ano.

O podcast “Os Novos Cientistas” vai ao ar toda quinta-feira, às 8 horas, dentro do Jornal da USP no Ar, que é apresentado diariamente pela jornalista Roxane Ré (das 7h30 às 9h30) na Rádio USP FM (93,7 Mhz).

 

Ouça a íntegra do podcast.


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