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Projeto com madeira nobre em Mato Grosso do Sul gera faturamento a partir de 12 meses com amendoim e urucum


Em meio a mais de um milhão de hectares de florestas plantadas de eucalipto, uma empresa está "voando em céu de brigadeiro" em Mato Grosso do Sul ou, como alguns preferem dizer, "remando contra a maré".

Um grupo de investidores, formado em sua maioria por profisisonais liberais, está preferindo a rentabilidade da madeira nobre, nesse caso em específico, do mogno africano e do cedro australiano.

São aproximadamente 1200 hectares, localizados nos arredores de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. Os principais responsáveis pelo projeto são Everton Regatieri e Carlos Anastácio Júnior, sócios no Grupo Fértille, formada pelas empresas Fértille Florestal, Clube da Madeira Nobre e Clube do Eucalipto, que se especializaram na produção de madeira em sistemas integrados.

De acordo com Everton, a empresa nasceu - a princípio - para fazer a gestão de uma área que eles possuiam em Camapuã com outros sócios. A partir dali, o trabalho começou a chamar a atenção e o Grupo Fértille começou a ser procurado por médicos, advogados, dentistas e empresários dispostos a investir junto com eles em novos projetos.

"Arrendamos e compramos novas áreas e começamos também a pesquisar opções que pudessem proporcionar receitas em curto e médio prazo", explica Everton.

Foi assim que eles pensaram, num primeiro momento, no urucum. "Foram quatro anos de pesquisas analisando várias opções que pudessem ser integradas aos nossos plantios de madeira nobre e, o primeiro interesse, era que as receitas dessa atividades diluíssem os custos de implantação e manejo de nossas florestas", detalha Carlos Jr.

O que seria apenas uma opção de integração se tornou um novo negócio com excelente perspectiva de rentabilidade. A procura por corantes naturais tem aumentado - ano após ano – principalmente na Europa e China, com a proibição do uso de pigmentos artificais com efeitos cancerígenos já comprovados.

Assim, o projeto que iria aproveitar 'entre linha' do mogno nos primeiros anos de plantio, acabou ganhando uma área exclusiva de 400 hectares.

"Decidimos não correr o risco de perder produção e a rentabilidade do urucum que se tornou altamente atrativa para o negócio", ressalta Everton.

O retorno do urucum começa aos 18 meses após o plantio e a expectativa do Grupo Fértille é de colher aproximadamente 400 toneladas por ano, a partir de 2019, que - se fossem comercializadas hoje - seriam vendidas por mais de R$ 10 o quilo.

O amendoim seguiu a mesma premissa do urucum: aproveitamento de área e antecipação de receita. A cultura, que também tem boa demanda de mercado, apareceu como opção para 'entre linha' do urucum.

O primeiro plantio foi feito no final do mês passado em uma área experimental de 70 hectares. Tudo indica, no entanto, que esse primeiro projeto chegará aos 280 hectares disponíveis.

O amendoim começa a gerar receita a partir do primeiro ano compondo o "mix" que eles procuravam para otimizar retorno sobre o investimento de seus sócios, parceiros e clientes.

"Operamos com capital 100% próprio, nosso e de nossos clientes e parceiros, sem intermediário financeiro. Desta forma, sempre procuramos minimizar todos os riscos possíveis em nossos projetos", pondera Everton.

É possível se tornar sócio em um dos empreendimentos do Grupo Fértille em Mato Grosso do Sul e as opções são bastante acessíveis. "Temos parceiros de vários tamanhos e perfis mas o que sempre digo a quem se interessa em fazer parte do nosso projeto é que venha fazer uma visita, conhecer de perto", convida Everton.

Fonte: Painel Florestal em 11/12/2017

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