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Date: Wed, 22 Aug 2001 09:13:15 -0300
From: Jo�o Suassuna <[email protected]>
X-Mailer: Mozilla 4.75 [en] (Win98; U)
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To: [email protected]
Subject: [AgriSust] [Fwd: �guaonline 73]
Sender: [email protected]
Reply-To: [email protected]

Amigos da Agrisust.,
    Foi editado o n�mero 73 da Revista Aguaonline. Confiram.
[ ]'s

Jo�o Suassuna
Received: from dablio (cm-net-C8B02552.poa.terra.com.br [200.176.37.82])
          by apipucos.fundaj.gov.br (8.8.5/8.11.3) with ESMTP
           id UAA20332 for <[email protected]>; Tue, 21 Aug 2001 20:25:51 +0300 (GMT)
Received: from localhost ([200.176.37.82] RDNS failed) by dablio with Microsoft SMTPSVC(5.0.2172.1);
         Tue, 21 Aug 2001 20:41:16 -0300
X-Sender: [email protected]
From: "�guaonline.com.br" <[email protected]>
To: [email protected]
Date: Tue, 21 Aug 2001 20:41:16 -0300
Subject: �guaonline 73
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Content-Transfer-Encoding: 8bit
Message-ID: <DABLIO9kstC7tXjs5FG00000568@dablio>
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Prezado leitor
Confira em:
http://www.aguaonline.com.br
a 73� edi��o da Revista Digital �guaonline com as seguintes manchetes:
. Empresas&Produtos -
19 aeroportos entram em recupera��o ambiental. Embrapa e Infraero assinaram contrato
de R$ 722 mil.
. Eventos -
Panam� sedia IV C�pula de Informa��o sobre �gua. Veja tamb�m, semin�rios, cursos
e outros eventos.
. Meio Ambiente -
Doen�as respirat�rias pioram com efeito-estufa. Estudo diz que melhora do ar
evitaria 400 mil mortes por ano.
. Legisla��o:
Congresso pode votar C�digo Florestal em setembro. Relator aceita manter 80%
de �rea de preserva��o na Amaz�nia.
. Saneamento:
Senado americano retoma pol�mica do ars�nico na �gua. Governo Bush quer amenizar
restri��es deixadas por Clinton.
. Leia tamb�m:
Ar nas canaliza��es mobiliza empresas de saneamento.
. E no Ponto de Vista o artigo de Eduardo Athayde:
Cluster de Todos os Santos.
Boa leitura!
Cecy Oliveira - editora
Leia. Divulgue. Participe!
Caso n�o deseje mais receber esta mensagem reenvie com a palavra descadastro.
 
Quando:Wed, 22 Aug 2001 16:09:55
Origem: "Angela Escosteguy" <[email protected]>
Assunto: Permacultura produz pequenos para�sos
Permacultura produz pequenos para�sos

Um dos principais anseios da sociedade moderna � a qualidade de vida. Isso implica na melhoria de v�rios aspectos - alimenta��o, moradia, conforto, educa��o, lazer, cultura e outros itens. Apesar de certas facilidades, a vida moderna tem provocado, tamb�m, desigualdades, inseguran�a, polui��o, congestionamentos, excesso de lixo, desperd�cios, estresse e outros desequil�brios que afetam negativamente a qualidade de vida, tanto de comunidade urbanas quanto rurais. A permacultura � uma correntes que prop�e formas mais saud�veis de se viver. Quem � do meio traduz permacultura como um design de sistemas sustent�veis. � o planejamento de mecanismos para cultura permanente. E para ter perman�ncia ao longo do tempo � necess�rio que aquela comunidade  respeite o meio onde est� inserida. "� um design para a perman�ncia"- explica Andr� Jaeger Soares, coordenador- t�cnico do Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado (Ipec), uma organiza��o n�o-governamental, instalada em Piren�polis/GO, h� dois anos. Segundo o ec�logo social e professor, a permacultura utiliza tecnologias variadas para o bem viver, com respeito e contato com a natureza, produzindo seus pr�prios alimentos, reciclando os dejetos, com sustentabilidade e seguran�a, propiciando assim, melhor qualidade de vida para as comunidades. Para quem pensa que permacultura � utopia, a demanda por consultorias do Ipec parece demonstrar o contr�rio. Al�m disso a ONG recebe,  estudantes de arquitetura, engenharia, agronomia, engenharia florestal e outras �reas, interessados em conhecer a permacultura. Um desses trabalhos � a consultoria para uma imobili�ria de Goi�nia, que est� implantando uma ecovila com 340 ch�caras na Fazenda Santa Branca, entre An�polis e Goian�polis/GO. Andr� Soares lembra que no cora��o de Los Angeles/USA existem ecovilas, com hortas urbanas, nos telhados das casas. E esses modelos t�m sido reproduduzidos tamb�m em v�rias cidades da Europa, Jap�o e �ndia. Atualmente dez volunt�rios vivem na �rea do Ipec, onde s�o implantadas v�rias das tecnologias e sistemas da permacultura. Isso pode ser observado no desenho de ocupa��o da �rea, na arquitetura, na agricultura, no aproveitamento dos recursos dispon�veis, na preserva��o e regenera��o do meio ambiente e em projetos de sustentabilidade. Andr� Soares explica que as ecovilas s�o projetadas dentro de princ�pios  que v�m o homem como parte do ambiente e t�m o ser humano como o foco principal do planejamento. Junto � �rea do Ipec est� sendo desenvolvido um projeto privado de implanta��o de uma ecovila que, em um ano, dever� abrigar 32 fam�lias. Andr� Soares conta que o projeto est� atrasado porque as atividades de consultoria e orienta��o sobre permacultura t�m absorvido muito do tempo dos membros do Ipec. S�o cursos, palestras e projetos que s�o desenvolvidos quase que continuamente. Mas ele n�o reclama. O importante � a amplia��o de pr�ticas que melhorem a qualidade de vida das pessoas. A popula��o do mundo cresce progressivamente e aumenta cada vez mais a press�o e o impacto da ocupa��o sobre o meio ambiente. A permacultura, segundo Andr� Soares, integra as pessoas ao meio ambiente e, ele avalia, que � inevit�vel que isso seja feito. "Eu sou otimista por natureza e acredito num novo renascimento da humanidade"- declara o coordenador-t�cnico do Ipec, ressaltando que n�o vai a� nenhuma carga de misticismo. Ele avalia que a ocupa��o dos espa�os pode ser feita de forma mais �tica e ecol�gica. Segundo Andr�, � dif�cil mensurar a extens�o da permacultura no mundo, mas avalia que haja mais de mil comunidades vivendo segundo esses princ�pios e o interesse tem crescido muito.    

Os princ�pios da permacultura podem ser utilizados para a ocupa��o de espa�os rurais e urbanos. Andr� Jaeger Soares explica que � poss�vel redesenhar a maneira como as pessoas vivem, adotando pr�ticas e tecnologias que melhorem a qualidade de vida delas. "Hoje voc� n�o sabe a proced�ncia do seu alimento e nem o destino dos seus dejetos. As �reas coletivas passaram a ser �reas de inseguran�a e o homem n�o � mais o foco principal " - analisa o coordenador do Ipec. O modelo padr�o de ocupa��o da permacultura s�o a ecovilas. Para planejar essa ocupa��o e dimensionar quantas pessoas ir�o se instalar em determinada �rea, � necess�rio verificar a capacidade de carregamento. Isso implica em levantar a disponibilidade de �gua, os meios para a produ��o de alimentos e de transforma��o dos res�duos em recursos �teis. "Aqui temos �gua para mil pessoas, condi��es de produzir alimentos para 200 pessoas, mas n�o temos como transformar os res�duos produzidos por essa quantidade de pessoas" - diz Andr� Soares, para demonstrar a necessidade de equil�brio nessas unidades. A permacultura admite que se deve instalar a comunidade preferencialmente onde haja �reas preservadas. Mas, tamb�m, que as pessoas aprendam como se integrar ao meio ambiente sem danific�-lo. E isso, segundo Andr� Soares, pode ser ensinado e as pessoas t�m condi��es de mudar sua compreens�o sobre as formas de bem viver, tanto no meio urbano como no meio rural.  Quando se cria uma ecovila, al�m do planejamento e do desenho da ocupa��o do espa�o, � criada tamb�m a infraestrutura e as regras b�sicas de prote��o do sistema. Andr� Soares explica que a pr�pria comunidade faz os ajustes pessoais. "� criado um estatuto de utiliza��o do condom�nio, dentro de princ�pios �ticos e de economia sustent�vel, e quem n�o concorda das as regras b�sicas normalmente procura outro lugar para viver, porque ali vai se sentir um estranho" - lembra o ec�logo. Dentro dos princ�pios da permacultura existem os produtos proibidos, os que devem ser evitados e os permitidos. Dentre os proibidos est�o os recursos t�xicos, como energia nuclear, biocidas (herbicidas, inseticidas, acaricidas, nematicidas, fungicidas) e fen�is. Pl�sticos, metais e solventes qu�micos devem ser evitados e s�o permitidos todos os produtos e tecnologias ecol�gicas que propiciem sustentabilidade. Quanto se planeja implantar uma ecovila, o primeiro passo, segundo Andr� Soares, � a capacita��o dos recursos humanos, ou seja, a unifica��o da linguagem dos profissionais envolvidos no projeto. Em seguida � feita uma an�lise do s�tio, ou seja um levantamento dos recursos dis pon�veis.Em seguida s�o estabelecidas as solu��es mais adequadas ao sistema e � implementado o design. N�o existe um modelo pronto e acabado de ecovila. Cada caso � um caso, dependendo da localiza��o e dos recursos dispon�veis. Prioriza-se a bioarquitetura ou arquitetura natural, utilizando materiais naturais e locais, com aproveitamento do design solar; o urbanismo e o saneamento ecol�gico; e a gera��o renov�vel de energia. A implanta��o de todo o sistema leva em conta as pessoas e os recursos dispon�veis. O contato e a viv�ncia de Andr� Jaeger Soares com a permacultura se deram por meio de um longo aprendizado. Nascido no Rio Grande do Sul, no in�cio dos anos 80 decidiu assumir  sua pr�pria independ�ncia e  correr mundo. Foi para a Europa, onde trabalhou em proprie-dades org�nicas e, depois, seguiu para Israel. Andr� conta que a agricultura israelense n�o despertou seu interesse, mas foi l� que  conheceu Lucy Leagan, uma australiana que tinha anseios e inconformismos parecidos com os seus. Juntos, seguiram para a Austr�lia, terra do pai da permacultura, Bill Mollison. Foi l� que eles come�aram a conhecer e aplicar o sistema. Criaram um Instituto de Permacultura (PICQ) no nordeste australiano e, em 1997, voltaram ao Brasil. Instalados no cerrado, em 1999 Andr�, Lucy e outras pessoas, criaram o Ipec. Hoje participam do Conselho de Ecovilas das Am�ricas e de uma Rede Brasileira de Permacultura, com unidades que servem como n�cleos-base para os biomas onde est�o inseridos. A de Manaus � um exemplo da permacultura na Amaz�nia; a de Bag� mostra o sistema nos pampas; a de Piren�polisatende aos cerrados e a da Serra Catarinense, aos bosques de arauc�ria. Andr� Soares conta que est�o sendo discutidos centros de permacultura no Nordeste, no Pantanal e em Ubatutba/SP, onde se integrar�o aos biomas do semi-�rido, do pantanal e da Serra do Mar. Ao redor das casas a maioria dos jardins s�o formados por plantas comest�veis. O jardim cubano, formado em frente a uma das casas durante um curso de permacultura,  possui uma enorme variedades de plantas comest�veis. Andr� conta que naquela �rea pode-se produzir alimentos para  uma fam�lia e algo semelhante pode ser instalado em espa�os urbanos, pois n�o se exigem grandes �reas. No projeto da ecovila est� sendo formada uma floresta de alimentos, onde j� foram plantadas 400 esp�cies frut�feras. Ser� montado tamb�m, um viveiro, onde para a produ��o de 25 mil mudas/ano para reflorestamento local e regional. A permacultura n�o possui tecnologias pr�prias, ela se utiliza daquelas dispon�veis que propiciem auto-sustenta��o, auto-sufici�ncia e interatividade com a natureza. Hoje as tecnologias utilizadas s�o as mais modernas poss�veis, n�o pela novidade, mas pela capacidade de sustentabilidade e perman�ncia. Essas tecnologias s�o intercambiadas por meio de uma rede internacional de ecovilas. Andr� Soares avalia que o modelo capitalista moderno possui um poder centralizador, que busca solu��es globais quando, muitas vezes, a solu��o deve ser segmentada e descentralizada. Um exemplo disso � a gera��o de energia. Nas ecovilas s�o instalados sistemas de energia solar (fotovoltaica), micro-hidr�ulica e micro-e�lica. Andr� lembra o desperd�cio do vento que pode gerar energia, assim como dos pequenas reservas de �gua. Na arquitetura procura-se utilizar os materiais locais, como madeira, terra e �gua. O chamado sistema Cob de constru��o � um exemplo disso. Nele, o barro � misturado � palha de arroz, dando � massa maior consist�ncia e durabilidade. Uma das casas da ecovila do Ipec, de 90 metros quadrados, foi constru�da por esse sistema e o custo da constru��o focou em apenas R$ 2,5 mil. Em seu interior, o clima � agrad�vel, mesmo sob sol quente. A ecovila possui tamb�m uma f�brica de adobes, que s�o utilizados nas constru��es locais. Eles procuram aproveitar tamb�m materiais desprezados (refugos). Na ecovila do Ipec est� em fase final a constru��o de um refeit�rio para estudantes feito com pedras, que s�o  consideradas res�duo n�o aproveit�vel em uma pedreira pr�xima. Al�m do projeto da ecovila e da dissemina��o da permacultura, o Ipec vai construir uma cozinha comercial para que mulheres da regi�o possam produzir coletivamente doces, compotas e outros produtos. Outro projeto j� em a��o � o Programa de Incubadora de pequenas empresas. "N�s procurarmos ensinar um of�cio ecol�gico � pessoa e coloc�-la no mercado. Jos� Peixoto � um dos beneficiados pelo projeto. Ele aprendeu a construir o sistema de capacita��o e armazenamento de �gua de chuva, montou uma microempresa e j� viajou at� para os Estados Unidos para ensinar a tecnologia que domina e continua trabalhando no of�cio que aprendeu. A �gua que supre as resid�ncias da ecovila do IPEC vem da chuva. Os telhados das casas possuem um sistema de capta��o de �gua que � estocada em dep�sitos feitos com ferrocimento, constru�do no pr�prio local. Os dejetos humanos s�o processados de duas formas - compostagem termof�lica, para res�duos s�lidos e infiltra��o, para res�duos l�quidos. Os sanit�rios compost�veis s�o formados por duas c�maras secas. Cada uma � utilizada por seis meses, onde os dejetos s�o depostos e ficam em compostagem termof�lica. Seis meses depois o composto � retirado e utilizado como  adubo. Os dejetos l�quidos s�o captados e transportados por tubula��es e um sistema infiltrador distribui o esterco l�quido na reserva florestal local. A �gua das cozinhas, � fertilizada pelos patos e utilizada na irriga��o das hortas. As galinhas da vila s�o criadas em galinheiros m�veis. Por um tempo as aves adubam e revolvem a terra. Depois o galinheiro � desmontado e levado para outra �rea. A anterior � cultivada como horta ou jardim. Os jardins ou hortas s�o normalmente feito em forma de mandala, com canteriroes redondos, porque, segundo Andr� Soares, essa � uma forma de melhor aproveitamento da �rea. O objetivo dos membros do Ipec � que a ecovila seja um centro multiplicador das tecnologias que adotadas por eles. Um  sistema � exemplo de aproveitamento de e de ciclo fechado de produ��o. Os pisos de uma pequena constru��o � ocupado com canteiros de um minhoc�rio. Sobre eles ser�o colocado ripados com gaiolas de coelhos e de codornas, cujo esterco vai alimentar o minhoc�rio. A constru��o possui duas faces de telhado. Numa delas ser� instalado um sistema de capta��o e armazenamento de �gua, que abastecer� as cria��es, plantas e o minhoc�rio. A outra face ser� um telhado vivo, onde ser�o produzidas folhosas, destinadas � alimenta��o dos coelhos e codornas. (Jornal de Bras�lia/DF


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