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Agricultura natural

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Só 0,1% das plantações evita emissão de poluentes

No Brasil, hoje, existem cerca de 66 milhões de hectares de plantações, mas apenas 0,1% dos cultivos usa agricultura natural. Ao optar pelo plantio orgânico, sem o uso de agroquímicos, o agricultor recompõe a fertilidade natural do solo. Alternativa principalmente para pequenos agricultores, o adubo natural evita o fertilizante químico, que libera poluentes como o óxido nitroso. O gás é um dos responsáveis pelo aquecimento global, 310 vezes mais agressivo que o dióxido de carbono, usado como referência para o efeito estufa.

Os custos do plantio orgânico e do quimico são semelhantes. Uma tonelada de esterco de gado custa R$ 50, ante R$ 1 mil de já uma tonelada de uréia. Um copo de uréia é equivalente a uma carreta de esterco, explica Hugo Ventureli, engenheiro agrônomo da Biológica Consultoria Agroambiental. A diferença está na forma de ação no solo. Enquanto a uréia é mais instantânea, o orgânico tem uma absorção gradual. "Com o produto natural, ensinamos a planta a 'mastigar'. Com o químico, é como se injetássemos na veia, pois a substância é altamente solúvel", ilustra.

Existe uma vantagem para os produtores que substituírem o uso do fertilizante químico pelo produto natural. As máquinas adquiridas pelo manejo do plantio convencional podem ser aproveitadas também no orgânico, contanto que seja utilizado um adubo granulado, explica Ventureli. Para recuperar um solo, são necessários de seis meses a quatro anos, mas há casos em que o processo é irreversível.

Ainda não há projetos em avaliação, no âmbito do Protocolo de Quioto, para o desenvolvimento de tecnologias e métodos de produção que reduzam as emissões de gases de efeito estufa na agricultura. Um projeto dessa natureza evita a emissão de óxido nitroso na atmosfera e pode gerar créditos de carbono, uma receita extra para o produtor.

Fonte: Karine Barbosa, do Emsergipe.com, com informações do DiárioNet em 06/2007 às 01:26:40

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