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Pesquisador da UFSC desenvolve bebida a partir do farelo de arroz orgânico

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Estudantes e pesquisadores no Expo T&C

Resultado foi apresentado na Exposição de Tecnologia e Ciência (ExpoT&C), que integra a 58ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).Florianópolis, SC - Obter uma bebida saborosa, rica em vitaminas, óleos e proteínas, que poderá ser usada tanto para reduzir os efeitos negativos da menopausa quanto para aumentar a imunidade em pacientes com AIDS. Este é o objetivo do pesquisador da UFSC Gerson Luis Faccin, que apresenta os resultados da sua pesquisa com o farelo de arroz orgânico na Exposição de Tecnologia e Ciência (ExpoT&C). O evento integra a 58ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que está sendo realizada na universidade até o dia 21 de julho.

O pesquisador do Laboratório de Nutrição Experimental do Centro de Ciências da Saúde (CCS) e doutor em Ciência dos Alimentos pela UFSC, Gerson Faccin, explica que muito já foi estudado sobre as propriedades físico-químicas, funcionais e sensoriais do farelo de arroz. São, portanto, conhecidos alguns dos seus efeitos terapêuticos, como na diminuição dos efeitos negativos da menopausa, na redução do colesterol, na proteção da pele, no tratamento do câncer e no aumento da imunidade de pacientes com AIDS. As formas de ingestão deste farelo, no entanto, não têm sido atrativas aos consumidores. Desta busca por uma forma de facilitar o seu consumo, nasceu a bebida de farelo de arroz orgânico.

A bebida, que possui a consistência de um suco e uma cor que lembra o café-com-leite, ainda está em fase de testes. A Reunião Anual da SBPC será, justamente, uma oportunidade para testar a aceitação da bebida entre um público mais amplo, visto que até agora só foram feitos testes entre um pequeno grupo de estudos. Após experimentar vários sabores, Faccin decidiu produzir a bebida nos sabores morango, chocolate e café, pois estes se adaptaram melhor ao sabor natural do farelo. Destes, o pesquisador pretende excluir um e continuar o trabalho com apenas dois.

Faccin explica que o desenvolvimento da bebida foi apenas o primeiro passo e que ainda são necessários testes para verificar se as propriedades conhecidas do farelo se mantêm na bebida. Outro fator que está sendo analisado diz respeito ao prazo de validade da bebida e à sua vida de prateleira, que o pesquisador acredita ficar em torno de uma ou duas semanas, validade própria de uma bebida funcional, visto que todos os ingredientes utilizados são naturais e que não são usados estabilizantes ou conservantes.

Além dos benefícios terapêuticos, o desenvolvimento da bebida ainda poderá abrir um novo mercado para a indústria do arroz que, mesmo com todas as propriedades conhecidas do farelo, ainda destina esta parte da produção para a fabricação de ração animal.

Mais informações:
Gerson Luis Faccin
Edna Amante – 3331-5371

Texto de Daniel Ludwich / Bolsista de Jornalismo na Agecom, assessoria do 58ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Fonte: EcoAgência em 19/07/2006 -

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