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Sindicato diz que produtores do Brasil não querem trigo transgênico

Para o presidente do Sindicato da Indústria do Trigo de São Paulo, maior mercado consumidor de trigo do país, Ricardo Marcondes Ferraz, não há a menor chance de o Brasil aceitar trigo transgênico. O produto está sendo desenvolvido pela Monsanto no exterior e poderá começar a ser cultivado em escala comercial em breve. O Brasil importa da Argentina e dos Estados Unidos a maior parte do trigo que consome. Os dois países utilizam culturas geneticamente modificadas em larga escala em sua produção agrícola, principalmente com a soja e o milho. Marcondes Ferraz, que também é diretor de Suprimentos do Grupo Dona Benta Alimentos, um dos maiores do setor de moagem e o segundo no ranking de vendas de farinha de trigo para uso doméstico, diz que o Brasil não quer o trigo transgênico. "A indústria tem que produzir o que o consumidor demanda. E está bastante claro para mim que o consumidor não quer o alimento geneticamente modificado", disse. O trigo é matéria prima para alimentos de larga base de consumo humano, como pão e massas.
Ele participou de um seminário sobre o mercado de trigo neste final de semana em Florianópolis, promovido pela Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo). O Brasil é um dos principais importadores de trigo do mundo. Em 2002, importou 7 milhões de toneladas. Neste ano deve importar cerca de 6 milhões de toneladas, devido à perspectiva de uma boa safra nacional. O governo pretende enviar em breve um projeto de lei ao Congresso que terá o objetivo de definir de uma vez por todas a legislação relacionada ao cultivo, venda e consumo dos alimentos geneticamente modificados.

fonte: Jornal Diário Vermelho [ 06/10/2003 ]

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